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As Danças Circulares têm sido utilizadas por diversos povos para celebrar a vida em todas as suas fases – nascimento, casamento, morte, plantio, colheita, mudança das estações, e assim por diante. Desde o início, o círculo teve relação direta com o movimento por ser um símbolo universal, em que o uso de algum elemento ou objeto pudesse representar o espaço da comunidade.
O movimento de Danças Circulares, que chegou ao Brasil em 1984, teve sua origem em 1976, quando o bailarino e professor de dança clássica Bernhard Wosien levou uma coletânea de danças para a Comunidade de Findhorn (Escócia), mais tarde “batizada” de Danças Circulares Sagradas porque resgatava muito mais do que simples passos – trouxe a simbologia sagrada de cada tradição, de cada povo. Irreverente, Bernard teve muito contato com estudiosos e artistas envolvidos na linguagem do movimento, sempre com foco no papel da dança na educação. Nomes como Isadora Duncan e Klauss Vianna tiveram influência sobre seu trabalho.
A divulgação das Danças Circulares no Brasil ganhou mais força a partir de 1984 com o mineiro Carlos Solano, que passou seis meses na Comunidade de Findhorn, na Escócia, e trouxe sua experiência ao País. A partir de então, deu-se a expansão do movimento em parques, empresas, escolas, universidades, hospitais, órgãos públicos e instituições não-governamentais.
A grande adesão das pessoas às Danças Circulares passou a se dar pela simplicidade dos movimentos, que são feitos em grupo e respeitam o espaço e o tempo de cada um. Durante a (experiência/vivência/dança) é perceptível a harmonização entre corpo, mente e coração.
O papel do focalizador (aquele que cuida do foco da atividade) é orientar os passos e contextualizar as danças, atento ao bem-estar e aproveitamento do grupo, assim como aos links e interfaces da dança com o objetivo daquela atividade, seja em ambientes públicos abertos ou corporativos, para alguma meta específica.
Dentre os principais benefícios das Danças Circulares está o desenvolvimento do autoconhecimento e do conhecimento do outro em uma experiência harmoniosa, inspiradora, integrada e agradável. De forma implícita, a dança ensina a respeitar o próximo e suas diferenças, e por isso ela também vem sendo utilizada para o desenvolvimento de equipes em empresas.
Desta forma, elas oferecem mais do que a oportunidade de movimentar o corpo. As Danças Circulares oferecem experiência de pertencimento, acolhimento, conexão consigo e com o grupo, alegria e plenitude.
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