Em cada Geração da poesia Romântica, deverá escolher um poema e fazer a análise dele, ou seja, indicar o tema, indicar o esquema rimas e também a quantidade de sílabas poéticas.
Respostas
Resposta:
Primeira Geração Romântica.
Minha terra!
E/ ven/do os/ va/les/ e os/ mon/tes — A; Heptassílabo
E a/ pá/tria /que/ Deus/ nos/ deu, — B; Heptassílabo
Po/ssa/mos/ di/zer/ con/ten/tes: — A; Heptassílabo
Tu/do is/to/ que/ ve/jo é/ meu! — B; Heptassílabo
Meu/ es/te/ sol/ que/ me a/cla/ra, — C; Heptassílabo
Minha esta brisa, estes céus: — D
Estas praias, bosques, fontes, — A
Eu os conheço — são meus! — B
Mais/ os/ a/mo/ quan/do/ vol/te, — E; Heptassílabo
Pois do que por fora vi, — F
A mais querer minha terra, — G
E minha gente aprendi. — F
Análise: Como característico da primeira geração, o tema é nacionalista; evidencia amor pelo povo e a terra brasileira. É um poema com métrica heptassílaba, rimas cruzadas (esquema ABAB) — apenas na primeira estrofe — e externas; mas, tornam-se mistas ou brancas a partir da segunda estrofe.
Segunda Geração Romântica.
Visões da Noite
Pa/ssai/, tris/tes/ fan/tas/mas!/ O/ que é/ fei/to — A; Decassílabo
Das/ mu/lhe/res/ que a/mei/, gen/tis/ e/ pu/ras? — B; Decassílabo
U/mas/ de/vo/ram/ ne/gras/ a/mar/gu/ras, — B; Decassílabo
Re/pou/sam/ ou/tras/ em/ mar/mó/reo/ lei/to! — A; Decassílabo
Ou/tras/ no en/cal/ço /de/ fa/tal/ pro/vei/to — A; Decassílabo
Buscam à noite as saturnais escuras, — B
Onde, empenhando as murchas formosuras, — B
Ao demônio do ouro rendem preito! — A
To/das/ sem/ mais/ a/mor!/ sem/ mais/ pai/xões! — C; Decassílabo
Mais uma fibra trêmula e sentida! — D
Mais um leve calor nos corações! — C
Pá/li/das /som/bras/ de i/lu/são/ per/di/da, — D; Decassílabo
Minh’alma está deserta de emoções, — C
Passai, passai, não me poupeis a vida! — D
Análise: Sendo um poema da segunda geração, é melancólico e mórbido; tratando sobre a idealização da mulher e com o eu lírico autodepreciativo. É um poema metricamente decassílabo e com estrutura fixa de soneto, as rimas são intercaladas (esquema ABBA) e externas.
Terceira Geração Romântica.
Marieta
Co/mo o/ gê/nio/ da/ noi/te,/ que/ de/sa/ta — A; Decassílabo
o/ véu/ de/ ren/das/ so/bre a es/pa/da/ nu/a, — B; Decassílabo
e/la/ sol/ta os/ ca/be/los.../ ba/te a /lu/a — B; Decassílabo
nas/ al/vas/ do/bras/ de um/ len/çol/ de /pra/ta. — A; Decassílabo
O /sei/o/ vir/gi/nal/ que a/ mão/ re/ca/ta, — A; Decassílabo
embalde o prende a mão... cresce, flutua... — B
Sonha a moça ao relento... Além na rua — B
preludia um violão na serenata. — A
Fur/ti/vos/ pa/ssos/ mo/rrem/ no/ la/je/do... — C; Decassílabo
Resvala a escada do balcão discreta... — A
matam lábios os beijos em segredo... — C
A/fo/ga/-me os/ sus/pi/ros,/ Ma/ri/e/ta! — A; Decassílabo
Oh surpresa! Oh! Palor! Oh! Pranto! Oh! Medo! — C
Ai! Noites de Romeu e Julieta!... — A
Análise: O poema trata o romance de forma realista, diferente da segunda geração: realidade social; que, as mulheres deixam de serem puras, e possuem êxito no ''encontro'' amoroso. É um poema que segue a forma fixa do soneto e com métrica decassílaba, rimas intercaladas (esquema ABBA) e externas.