Me ajudem pfv 1-os dirigíveis foram uns dos primeiros transportes aéreos usado pela humanidade. qual foi o acontecimento histórico que levou o pânico dos usuários? 2-qual era o tipo de combustível usado nesse transporte nessa época? 3-apesar do uso deste transporte ter reduzido por causa da invenção do avião, algumas empresas o usam para propaganda de marketing. será que o combustível era o mesmo ou ouve alteração?
Respostas
Resposta:A história dos dirigíveis se confunde com a da aviação. As primeiras experiências para tentar a conquista dos céus foram com balões de ar quente.
Um dos pioneiros foi o padre jesuíta português, Bartolomeu de Gusmão que, em 1709, conseguiu fazer um balão de ar quente, o Passarola, subir aos céus, diante de uma corte portuguesa abismada. Teria sido em 5 de agosto de 1709, quando o padre Bartolomeu de Gusmão realizou, no pátio da Casa da Índia, na cidade de Lisboa, a primeira demonstração da Passarola. O balão pegou fogo sem sair do solo, mas, numa segunda demonstração, elevou-se a 95 metros de altura. Tratava-se de um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido pelo "fogo de material contido numa tigela de barro incrustada na base de um tabuleiro de madeira encerada". O evento teve como testemunha o Núncio Apostólico em Lisboa (o futuro papa Inocêncio XIII).
Os irmãos franceses Jacques e Joseph Montgolfier seriam, 74 anos depois, os primeiros a desbravarem os céus. Construíram seu balão utilizando o mesmo princípio de Bartolomeu de Gusmão, sendo o primeiro balão tripulado de sucesso no ano de 1783. O balão que possuía 32 m de circunferência e era feito de linho foi cheio com fumaça de uma fogueira de palha seca, elevou-se do chão cerca de 300 m, durante cerca de 10 minutos voando uma distância de aproximadamente 3 quilômetros.
Porém, tais engenhos satisfaziam apenas parcialmente o desejo de voar, pois não permitiam o voo controlado. As experiências continuaram ao longo do século XIX. Alguns pioneiros da aviação procuraram adaptar motores a vapor (Giffard, 1855) e motores elétricos movidos a baterias (Renard e Krebs, 1884) para resolver o problema da dirigibilidade. Tais tentativas mostraram-se infrutíferas, pois o peso excessivo de tais motores tornavam os engenhos impraticáveis. Somente o desenvolvimento do motor a explosão, ao final do século XIX, permitiu resolver este problema a contento.
Em 24 de setembro de 1852 em Paris, ocorreu o primeiro voo de um balão dirigível. Pilotando o seu Hippodrome, Jules Henri Giffard, fez essa demonstração voando de Paris, para Élancourt.
Em 8 de novembro de 1881, o aeróstato Le Victoria, do estudioso da dirigibilidade aérea brasileiro Júlio César Ribeiro de Sousa,[3] realizou um voo controlado em Paris. Ao testemunhar este voo, com vento contrário, o capitão Charles Renard diz: "como eu lamento que o inventor não seja um francês!"[4]
Em 9 de agosto de 1884, Charles Renard e, o também capitão, Arthur Constantin Krebs, voam no balão La France. Este acontecimento gerou polêmica, já que Júlio César Ribeiro de Sousa, acusou os capitães franceses de aproveitarem suas ideias, não lhe dando o devido crédito afirmando que o La France foi um plágio.[5]
Em outubro de 1892, o governo brasileiro concedeu um auxílio pecuniário para o político e inventor Augusto Severo de Albuquerque Maranhão fabricar o aeróstato dirigível de sua invenção. Augusto Severo chamou o dirigível de Bartholomeu de Gusmão. Introduzindo um conceito novo, o dirigível Bartolomeu de Gusmão era um aparelho semirrígido com um grupo propulsor integrado ao invólucro. O balão possuía aproximadamente 2.000m3, medindo 60m de comprimento. Foi trazido ao Brasil em março de 1893. A falta do material previsto para construção da estrutura fez com que Severo alterasse o projeto, construindo a parte rígida do aparelho em bambu. Tratava-se de uma estrutura complexa que deveria suportar o motor elétrico com as baterias e os tripulantes e, além disso, apresentar resistência suficiente para aguentar os esforços durante o voo. Em 1894 o dirigível Bartholomeu de Gusmão realizou as primeiras ascensões ainda como balão cativo e mostrou-se estável e equilibrado, demonstrando que a concepção proposta por Severo era adequada para o voo. Porém, no voo do dirigível livre das amarras, a estrutura em bambu não aguentou os esforços e se partiu.[6]
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Explicação:espero ter ajudado