• Matéria: História
  • Autor: miguels46
  • Perguntado 6 anos atrás

Napoleão sobre o cavalo na passagem de São Bernardo, pintura de Jacques-Louis David, 1801, é um retrato da realidade?

Respostas

respondido por: davicamarcampos
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Resposta:

A obra Napoleão cruzando os Alpes, é o título dado às cinco versões de um óleo sobre tela pintado por Jacques - Louis David. Retrato equestre de Napoleão Bonaparte, pintado pelo artista entre 1811 e 1815 foi inicialmente, encomendado pelo rei de Espanha. A composição mostra uma visão fortemente idealizada da verdadeira passagem de Napoleão e do seu exército feito através dos Alpes em 1800. Tendo tomado o poder em França Napoleão decidiu voltar para a Itália para reforçar as tropas francesas no país e controlar o território tomado pelos austríacos nos anos anteriores. Na primavera de 1800 ele levou o Exército de Reserva nos Alpes através  do Grande São Bernardo, feito esse que conduz posteriormente à realização desta obra. O facto de Napoleão se tornar primeiro cônsul e a vitória francesa em Itália, permitiram uma aproximação a Carlos IV de Espanha. Enquanto as negociações estavam em curso para restabelecer as relações diplomáticas, a tradicional troca de presentes aconteceu. Carlos IV recebeu 2 pistolas fabricadas em Versalhes, vestidos dos melhores costureiros de Paris, jóias para a sua rainha. A Napoleão foram oferecidos dezasseis cavalos espanhóis das cavalariças reais, retratos do rei e da rainha, pintados por por Goya, e o retrato que estava a ser encomendado a Jacques - Louis David. O embaixador francês em Espanha, Charles-Jean-Marie Alquier, solicitou a pintura original a Jacques - Louis David em nome de Carlos IV.O retrato era para ser colocado no Palácio Real de Madrid, como um símbolo da nova relação entre os dois países. O pintor, que tinha sido um fervoroso apoiante da revolução francesa, ficou bastante sensibilizado com o convite. Ficou ainda mais sensibilizado ao saber do pedido de Napoleão para produzir mais três versões: uma para o Castelo de Saint-Cloud, uma para a biblioteca de Les Invalides, e um terceiro para o palácio da República Cisalpina em Milão. A quinta versão foi produzida por David e permaneceu consigo, até à sua morte. A pintura original permaneceu em Madrid até 1812, quando foi adquirida por José Bonaparte depois da sua abdicação como Rei de Espanha. Mais tarde levou o quadro com ele, quando foi para o exílio nos Estados Unidos. No fim da sua vida, a sua sobrinha-neta Eugenie Bonaparte, legou a obra ao Museu do Castelo de Malmaison onde permanece até hoje .

A versão produzida para o Castelo de Saint-Cloud de 1801 foi removida do local em 1814. Actualmente, está patente ao público no Palácio de Charlottenburg em Berlim .

O exemplar de 1802 para Les Invalides foi retirado de lá, permaneceu guardado nas caves do palácio até que em 1837 foi levado para o Palácio de Versalhes, onde permanece.

A versão 1803 que foi entregue ao Palácio Cisalpina em Milão, foi confiscado em 1816 pelos austríacos. No entanto, o povo do Milão recusou-se a entregá-lo e o quadro permaneceu na cidade até 1825. Finalmente, foi instalado no Palácio Belvedere , em Viena , em 1834. Continua lá até hoje, fazendo parte da colecção da Österreichische Galerie Belvedere .

A versão mantida por Jacques - Louis David até à sua morte em 1825 foi exibida no Bazar Bonne-Nouvelle , em 1846. Em 1850, foi oferecido ao futuro Napoleão III pela filha de David, Pauline Jeanin, e instalado no Palácio das Tulherias. Em 1979, foi oferecido ao museu do Palácio de Versalhes.

Aquando da realização desta obra foi pedido a Jaques -Louis David que retratasse Napoleão de pé com o traje de Primeiro Cônsul, provavelmente, no espírito dos retratos que mais tarde foram produzidos por Antoine-Jean Gros, Robert Lefèvre (Coroação de Napoleão) e Jean Auguste Dominique Ingres ( Napoleão I no seu Trono Imperial).Contudo o pintor fez questão de retratar Napoleão num cenário equestre. Consta que o embaixador espanhol, Ignacio Muzquiz, informou Napoleão da intenção de Jacques - Louis David e perguntou se ele gostaria de ser representado desse modo. Napoleão terá ficado indeciso entre ser representado passando revista às tropas ou num cenário equestre, optando por este último.

Explicação:

Espero que tenha ajudado!!!

escrevi mais nos comentarios!!!

estude bem!


davicamarcampos: continuação: Esta obra acabou por servir de propaganda aos feitos Napoleónicos tendo o próprio Bonaparte pedido a David que o retratasse "calmamente montado num cavalo de fogo" (Calme fougueux sur un cheval). Poucos projectos e estudos preparatórios foram feitos, para a realização desta obra. Jacques - Louis David, produziu um pequeno esboço a óleo de um cavalo a ser refreado, que era um estudo provável para a montagem de Napoleão em cima do cavalo.
davicamarcampos: A falta de estudos iniciais pode em parte ser explicada pela recusa de Bonaparte para sentar-se para o retrato
davicamarcampos: . Dois dos cavalos de Napoleão foram utilizados como modelos para o cavalo de fogo: a égua " La Belle ", que aparece na versão realizada em Charlottenburg, e o famoso " Marengo" que aparece na versão realizada para Versalhes e Viena. Gravuras da obra"Voyage pittoresque de la Suisse" serviram como modelos para a paisagem. O primeiro dos cinco retratos foi pintado em quatro meses, a partir de Outubro 1800 a Janeiro de 1801.
davicamarcampos: Após a conclusão da versão inicial, Jacques - Louis David começou imediatamente a trabalhar na segunda versão, que foi concluída em 25 de Maio, data da inspecção de Bonaparte dos retratos na oficina de Jacques - Louis David no Palácio do Louvre
davicamarcampos: . Dois dos alunos do pintor ajudaram na produção de diferentes versões: Jerome Martin Langlois, que trabalhou principalmente nos dois primeiros retratos, e George Rouget que produziu a cópia para o palácio de Les Invalides. O quadro original encontra-se no Museu Nacional de Malmaison em Paris.
davicamarcampos: desculpa, n deu para adicionar tudo na resposta
davicamarcampos: espero que tenha ajudado
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