Poema esquisito Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos. Não é hábito. É rarissimamente que ela dói. Ninguém tem culpa. Meu pai, minha mãe descansaram seus fardos, não existe mais o modo de eles terem seus olhos sobre mim. Mãe, ó mãe, ó pai, meu pai. Onde estão escondidos? É dentro de mim que eles estão. Não fiz mausoléu pra eles, pus os dois no chão. Nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa, que abunda nos cemitérios. Quem plantou foi o vento, a água da chuva. Quem vai matar é o sol. Passou finados não fui lá, aniversário também não. Pra quê, se pra chorar qualquer lugar me cabe? É de tanto lembrá-los que eu não vou. Óóóó pai Óóóó mãe Dentro de mim eles respondem tenazes e duros, porque o zelo do espírito é sem meiguices: Óóóói fia.
1. Lendo atentamente o poema, verifica-se que esse trata de
dor de cabeça.
cemitério.
saudade.
dia de Finados
2. No verso: "nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa", ao utilizar-se das palavras "saudade roxa", o “eu-lírico” reforça seu
sentimento de saudade.
desprezo.
alegria.
ódio.
3. Nos versos: ó ó ó ó pai e ó ó ó ó mãe, a repetição da vogal “o” indica * solenidade na escrita.
pleonasmo.
metáfora.
oralidade na escrita.
4. A palavra “cabeça”, escrita no primeiro verso, foi retomada no verso seguinte através da palavra *
hábito.
raríssimamente.
ela.
dói.
5. O “eu-lírico” não vai ao cemitério visitar os pais porque *
não sente saudades.
não é dia de finados.
não gosta de cemitérios.
lembra-se deles em qualquer lugar.
Respostas
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Resposta:
1: Saudade
2: desprezo eu acho
3: oralidade na escrita
5: Lembre-se deles em qualquer lugar
(Não sei a 4)
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