• Matéria: História
  • Autor: pbrasileiro6
  • Perguntado 6 anos atrás

Por que a política interna do Império Bizantino era marcada por revoltas palacianas

Respostas

respondido por: christi4n444
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Resposta:

Constantino fundou Constantinopla (hoje Instambul) em 330, no lugar onde existia a colônia grega de Bizâncio. Seu primeiro nome foi Nova Roma.

Explicação:

respondido por: mariacarollina99
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Resposta:

Constantino fundou Constantinopla (hoje Instambul) em 330, no lugar onde existia a colônia grega de Bizâncio. Seu primeiro nome foi Nova Roma.

A localização geográfica era privilegiada: entre Europa e Ásia, na passagem do Mar Egeu para o Negro, cercada de águas por três lados e protegida por muralhas.

Estes fatores contribuíram para a longa duração do império Romano do Oriente, criado por Teodósio em 395. A cidade só caiu em 1453 porque Maomé II destruiu-lhe as muralhas com poderosos canhões, fabricados por engenheiros saxões. Constantinopla representava a síntese dos mundos greco-romano e oriental.

Enquanto o Império ocidental, ruía, mantinha a unidade do oriental, que abrangia Península Balcânica, Ásia Menor, Síria, Palestina, norte da Mesopotâmia e nordeste da África.

Justiniano, a lei e a Igreja

 

O Império Bizantino atingiu o máximo esplendor no governo de Justiniano (527-565), macedônio filho de camponeses, sobrinho do general Justino, que se havia tornado imperador através de um golpe militar. Justiniano casou com uma atriz, Teodora, que exerceu decisiva influência sobre a administração, orientando muitas decisões do marido.

Justiniano, o legislador, mandou elaborar o Digesto, manual de Direito, coletânea de leis redigidas por grandes juristas; as Institutas, que reuniam os princípios fundamentais do Direito Romano; e o Código Justiniano. As três obras foram reunidas no Corpo do Direito Civil. Justiniano, o teólogo, procurou unir o mundo oriental e o ocidental pela religião. Em sua época, uma heresia voltou, sob a forma do monofisismo. Era a doutrina de Nestório.

Seus adeptos afirmavam que Cristo tinha apenas natureza divina; ao contrário da tese do papa Leão I, aprovada em 451 no Concílio Ecumênico de Calcedônia, estabelecendo que Cristo tinha duas naturezas em uma só pessoa: a humana e a divina.

O monofisismo comportava aspectos políticos e manifestava-se como reação nacionalista contra o Império Bizantino. Por isso era mais forte na Síria e no Egito, regiões dominadas por Constantinopla.

Os hereges tinham um forte aliado: a imperatriz Teodora.

Justiniano queria uma Igreja unificada, para usá-la como apoio de seu governo. Isto explica seu cesaropapismo, isto é, a intervenção na Igreja. Para não desagradar ao papa, tentou conciliar a heresia com a ortodoxia. Mas acabou pondo sua influência o próprio papa e a Igreja do Ocidente, que passou a assumir traços da Igreja do Oriente.

A revolta Nika

 

Gastos militares forçaram a elevação dos impostos. A população de Constantinopla odiava os funcionários do fisco.

Em 532 explodiu a revolta Nika ( do grego nike, vitória, que os revoltosos gritavam). Verdes e Azuis, os dois principais partidos políticos e esportivos que concorriam no hipódromo, rebelaram-se, instigados por aristocratas legimistas (partidários da dinastia legítima, já que Justiniano fora posto no trono pelo tio, usurpador do poder). A firmeza de Teodora e a intervenção do general Belisário salvaram Justiniano. Os revoltosos foram cercados e mortos no hipódromo.

Política externa e mais problemas

Justiniano procurou reconstruir todo o Império. Estabeleceu “paz perpétua” com os persas e conteve o avanço búlgaro. Então, iniciou as guerras de conquista no Ocidente.

Belisário reconquistou a África, trabalho facilitado pelas disputas entre arianismo e cristianismo que atingiam os vândulos. Houve problemas maiores na Itália. Os ostrogodos a dominavam haviam tempos, até com apoio de imperadores romanos do Oriente. Justiniano de novo se impôs à custa da divisão, agora entre os sucessores de Teodorico, fundador do Reino Ostrogótico da Itália. Em 524, os bizantinos conquistaram a Espanha meridional aos visigodos.

A reconstrução durou pouco. Os lombardos, povos germânicos que Justiniano tinha estabelecido Polônia, ocuparam o norte da Itália. África e Espanha cairiam nas mãos dos árabes, que anexariam também Egito, Palestino, Síria e Mesopotâmia.

Outros problemas sobrevieram. A falta de dinheiro atrasava o salário dos soldados. Pestes e ataques bárbaros faziam aumentar o poder dos proprietários, pois o governo era incapaz de garantir a segurança. Constantinopla, cansada de impostos e autoritarismo, recebeu a morte de Justiniano com júbilo.

Mas as dificuldades cresceram nos séculos seguintes. Árabes e búlgaros intensificaram as tentativas de entrar no Império, que se viu às voltas com uma disputa religiosa, o Movimento Iconoclasta, isto é, destruidor de imagens (ícones). O imperador queria obrigar o povo a adorar só a Deus, de imagem irrepresentável.

O Império Bizantino orientalizou-se, até abandonou o latim em favor do grego. No século XI, declinou mas se recuperou; sobreviveria até o fim da Idade Média.

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