QUESTÃO 3 Maldição Se por vinte anos, nesta furna escura, Deixei dormir a minha maldição, - Hoje, velha e cansada da amargura, Minh'alma se abrirá como um vulcão. E, em torrentes de cólera e loucura, Sobre a tua cabeça ferverão Vinte anos de silêncio e de tortura, Vinte anos de agonia e solidão... Maldita sejas pelo Ideal perdido! Pelo mal que fizeste sem querer! Pelo amor que morreu sem ter nascido! Pelas horas vividas sem prazer! Pela tristeza do que eu tenho sido! Pelo esplendor do que eu deixei de ser!... Olavo Bilac é o nosso principal poeta parnasiano, o qual esmerou-se na construção de versos perfeitos assim como era preconizado por esse movimento estético. A partir das discussões sobre a arte parnasiana e da análise do poema "Maldição", analise as afirmações a seguir. I. O poema “Maldição”, de Bilac, estrutura-se na forma clássica de soneto, composto por dois quartetos e dois tercetos. II. Embora a arte parnasiana seja conhecida pela ausência de subjetividade, no poema lido vemos Bilac abordar os sentimentos humanos. III. Entre as figuras de linguagem observáveis no soneto lido, temos a anáfora, a assonância e a antítese. Iv. Os quartetos apresentam rimas na ordem ABAB, ABAB, ou seja, alternadas. É correto o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: I e II, apenas. Alternativa 2: I e III, apenas. Alternativa 3: I, II e IV, apenas. Alternativa 4: II, III e IV, apenas. Alternativa 5: I, II, III e IV.
Respostas
Resposta:I II e IV
Explicação:
Sobre o poema, é correto o que se afirma em:
Alternativa 3: I, II e IV, apenas.
Explicação:
I. Verdadeiro - O poema "Maldição", de Olavo Bilac, apresenta estrutura de soneto, pois os versos são organizados em dois quartetos e dois tercetos; os versos são decassílabos e o esquema de rimas é ABBA ABBA CDC DCD.
II. Verdadeiro - Apesar de pertencer ao Parnasianismo, o poema tem um caráter subjetivo ao falar de sentimentos, como a tristeza e dor.
III. Falso - A antítese não está presente nesses versos, pois não há aproximação de palavras de sentidos opostos.
IV. Verdadeiro - O soneto apresenta rimas alternadas, pois o primeiro verso rima com o terceiro, e o segundo rima com o quarto.
Se por vinte anos, nesta furna escura, (A)
Deixei dormir a minha maldição, (B)
― Hoje, velha e cansada da amargura, (A)
Minha alma se abrirá como um vulcão. (B)
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