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A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a polarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização gerou um conflito político-ideológico entre as duas nações e seus respectivos blocos, cada qual defendendo os seus interesses e a sua ideologia.
A Guerra Fria nunca gerou um conflito armado direto entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS), mas o conflito de interesses entre os dois países resultou em conflitos armados ao redor do mundo e em uma disputa que ocorreu em diversos níveis como a economia, a diplomacia, a tecnologia etc.
Dentre as características da Guerra Fria (1947-1991), destacam-se:
Polarização: por meio de dois blocos, um sob influência americana e outro sob influência soviética, foi a grande marca da Guerra Fria. Com isso, americanos e soviéticos possuíam uma retórica agressiva contra seu adversário e tinham aliados estratégicos. Houve uma tentativa de alguns países de realizarem uma política externa independente, sem que fosse necessário aliarem-se a algum dos dois países.
Corrida armamentista: a disputa entre as duas nações e a procura por mostrar-se como força hegemônica motivaram ambos a investirem pesadamente no desenvolvimento de armas de destruição em massa, as bombas nucleares e termonucleares.
Corrida espacial: a disputa entre as duas nações manifestou-se também na área tecnológica e, entre 1957 e 1975, concentrou-se na exploração do espaço.
Interferência estrangeira: os dois países realizaram, ao longo dos anos de Guerra Fria, uma série de interferências em nações estrangeiras como forma de garantir seus interesses. O Brasil, por exemplo, foi alvo disso quando os americanos apoiaram o golpe militar de 1964
A partir da década de 1970, a economia da União Soviética começou a entrar em crise. A crise foi resultado da falta de ações do governo soviético para dinamizar a economia do país, que já demonstrava estar em atraso tecnológico e econômico em relação às grandes potências mundiais, e os indicadores sociais do país começaram a cair.
A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa prosperidade, que impediu que reformas na economia soviética acontecessem. O envolvimento do país na Guerra do Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em Chernobyl, em 1986, contribuíram para o fim da URSS, pois impuseram pesados gastos a um país com uma economia já fragilizada.
O último presidente soviético, Mikhail Gorbachev, começou a realizar reformas (Glasnost e Perestroika) de abertura do país para o Ocidente, sobretudo na economia, e essas levaram ao desmantelamento da União Soviética. Quando Gorbachev renunciou, em 25 de dezembro de 1991, a URSS foi dissolvida e isso marcou o fim da Guerra Fria.