• Matéria: Português
  • Autor: alicezolima2008
  • Perguntado 6 anos atrás

Leia o fragmento de texto a seguir. Que seja plantado em nossos parques o bom capim do trópico. Ou que não se plante nada. Que se aumente pelo menos o pouco espaço dos nossos poucos jardins. O que é preciso plantar, seu guarda, é uma semente de bom-senso nos sujeitos que fazem os regulamentos. CAMPOS, Paulo Mendes. Menina no jardim. In: ______. Crônicas 1. São Paulo: Ática, 2011. p. 17. No período em destaque, A o sujeito é indeterminado. B o sujeito é simples determinado. C o sujeito é composto determinado. D o sujeito é oculto. E não há sujeito.

Respostas

respondido por: google45001
2

Resposta:

to para as questões de 2 a 13.

MENINA NO JARDIM

Em seus 14 meses de permanência neste mundo, a garotinha não tinha tomado o

menor conhecimento das leis que governam a nação. Isso se deu agora na praça, logo

na chamada República Livre de Ipanema.

Até ontem ela se comprazia em brincar com a terra. Hoje, de repente, deu-lhe um

tédio enorme do barro de que somos feitos: atirou o punhado de pó ao chão, ergueu o

rosto, ficou pensativa, investigando com ar aborrecido o mundo exterior. Por um

momento, seus olhos buscaram o jardim à procura de qualquer novidade. E aí ela

descobriu o verde extraordinário: a grama. Determinada, levantou-se do chão e correu

para a relva, que era, vá lá, bonita, mas já bastante chamuscada pela estiagem.

Não durou mais que três minutos seu deslumbramento. Da esquina, um homem de

bigodes, representante dos Poderes da República, marchou até ela, buscando

convencê-la de que estava desrespeitando uma lei nacional, um regulamento estadual,

uma postura municipal, ela ia lá saber o quê.

Diga-se, em nome da verdade, que no diálogo que se travou em seguida, maior

violência se registrou por parte da infratora do que por parte da Lei, um guarda civil

feio, mas invulgarmente urbano.

— Desce da grama, garotinha – disse a Lei.

— Blá blé bli bá – protestou a garotinha.

— É proibido pisar na grama – explicou o guarda.

— Bá bá bá – retrucou a garotinha com veemência.

— Vamos, desce, vem para a sombra, que é melhor.

— Buh buh – afirmou a garotinha, com toda razão, pois o sol estava mais agradável

do que a sombra.

A insubmissão da garotinha atingiu o clímax quando o guarda estendeu-lhe a mão

com a intenção de ajudá-la a abandonar o gramado. A gentileza foi revidada com um

safanão. Dura lex sed lex.

— Onde está sua mamãe?

A garotinha virou as costas ao guarda, com desprezo. A essa altura levantou-se do

banco, de onde assistia à cena, o pai da garota, que a reconduziu, sob chorosos

protestos, à terra seca dos homens, ao mundo sem relva que o Estado faculta ao ir e vir

dos cidadãos.

A própria Lei, meio encabulada com o seu rigor, tudo fez para que o pai da garotinha

se persuadisse de que, se não há mal para que uma brasileira tão pequenininha pise na

grama, isso de qualquer forma poderia ser um péssimo exemplo para os brasileiros

maiores.

— Aberto o precedente, os outros fariam o mesmo – disse o guarda com imponência.

— Que fizessem, deveriam fazê-lo – disse o pai.

— Como? – perguntou o guarda confuso e vexado

Explicação:

boa sorte com essa historia

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