(UNICAMP) - Em 1750, o governador do Rio de Janeiro, conde de Bobadela, enviou uma carta ao Rei de Portugal, D. João V, na qual comentava a assinatura do Tratado de Madri:
"No tratado, a nossa demarcação passa por parte das Missões jesuítas, e surpreende-me como os jesuítas, tão poderosos na Corte de Madri, não embaraçaram a conclusão desse tratado. Porém, pode ser que armem tantas dificuldades à execução do tratado, que tenhamos barreira para muitos anos. Como me persuado, Sua Majestade determinara não seja evacuada a Colônia do Sacramento, enquanto não houverem sido evacuadas as áreas das Missões."
a) Quais as resoluções do Tratado de Madri em relação às fronteiras coloniais?
b) Quais as consequências do Tratado de Madri para a atuação dos jesuítas na América Portuguesa?
Respostas
Resposta:
a)O tratado baseou-se no principio do UTI POSSIDETIS (os territórios deveriam pertencer a quem efetivamente os ocupasse), utilizado pelo representante português, o brasileiro Alexandre de Gusmão. Desse modo, a linha de Tordesilhas seria abandonada, ficando Portugal e Espanha com a posse das terras que já ocupassem. Pelo Tratado de Madri, o território do Brasil passou a ter os limite muito semelhantes aos que possui atualmente. No Sul , Portugal entregou á Espanha a Colônia do Sacramento e recebeu em troca os Sete Povos das Missões.
b)Com a recusa dos índios e jesuítas de origem espanhola de abandonar o território dos Sete Povos das Missões, teve início a chamada Guerra Guaranítica, que resultou no massacre do índios, quando um exército luso-espanhola atacou a região. O apoio dos jesuítas aos índios reforçou as tensões já existentes entre a Companhia de Jesus e os governos de Lisboa e Madri, contribuindo para a posterior expulsão dos inacianos de Portugal, da Espanha e de suas respectivas colônias, alguns anos depois da assinatura do Tratado de Madri.
Explicação:
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