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Resposta:
Após o emblemático Grito do Ipiranga, Dom Pedro I teria de tomar diversas ações que pudessem assegurar a autonomia política da nação brasileira. Primeiramente, teve que enfrentar vários levantes militares em algumas províncias que se mantinham fiéis a Portugal. Para tanto, chegou a contratar mercenários ingleses que asseguraram o controle dos conflitos internos.
Entretanto, não bastava pacificar os desentendimentos provinciais. Para que o Brasil tivesse condições de estabelecer um Estado autônomo e soberano, era indispensável que outras importantes nações reconhecessem a sua independência. Já em 1824, buscando cumprir sua política de aproximação com as outras nações americanas, os Estados Unidos reconheceram o desenvolvimento da independência do Brasil.
Apesar da importância de tal manifestação, o Brasil teria que fazer com que Portugal, na condição de antiga metrópole, reconhecesse o surgimento da nova nação. Nesse instante, a Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que viabilizou a assinatura de um acordo. No dia 29 de agosto de 1825, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o reconhecimento lusitano.
Tratado de Paz e Aliança
Segundo esse acordo, o governo brasileiro deveria pagar uma indenização de dois milhões de libras esterlinas para que Portugal aceitasse a independência do Brasil. Além disso, dom João VI, rei de Portugal, ainda preservaria o título de imperador do Brasil. Essa última exigência, na verdade, manifestava o interesse que o monarca lusitano tinha em reunificar os dois países em uma só coroa.
Na condição de nação recém-formada, o Brasil não tinha condições de pagar a pesada indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente aos mesmos credores.