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Agentes exógenos do relevo
Os agentes exógenos do relevo são os elementos naturais que alteram as formas superficiais a partir de processos externos, como o intemperismo e a erosão.
Ao observar as diferentes paisagens do nosso planeta, podemos fazer, entre outras constatações, a verificação óbvia de que o relevo terrestre apresenta diferentes formas ao longo de sua extensão. A grande questão é: por qual razão isso ocorre? Essa dinâmica está associada ao fato de o relevo estar sempre em processo de transformação, causada principalmente por uma série de elementos naturais, que são chamados de agentes de transformação do relevo.
Os agentes exógenos do relevo – também chamados de agentes externos – são aqueles que atuam acima da superfície, modificando-a gradualmente pelo desgaste, na maior parte dos casos, das composições geomorfológicas superficiais.
Os agentes externos do relevo mais preponderantes são as águas (fluviais, pluviais, marítimas etc.), os ventos e as alterações climáticas, que ocasionam dois principais processos: o intemperismo e a erosão. Por esse motivo, esses elementos citados são, por vezes, chamados de agentes intempéricos ou agentes erosivos.
1. A ação da água no relevo
A água é um dos elementos naturais que mais provocam desgaste nos solos e nas formas de relevo, intensificando, muitas vezes, processos de sedimentação, ou seja, a transformação de grandes corpos rochosos em pequenas partículas, que são posteriormente transportadas.
As águas das chuvas desgastam o relevo desde o impacto das gotas sobre os solos até a “lavagem” superficial que provoca a remoção e transporte dos sedimentos gerados. Já as águas dos rios atuam em processos erosivos ao longo de suas margens, além de serem responsáveis pelo transporte de material sedimentar das áreas continentais para os oceanos. As águas dos mares atuam, principalmente, na modificação das formas de relevo litorâneas, incluindo o processo de formação da areia das praias.
2. A ação dos ventos sobre o relevo
Os ventos possuem um poder de desgaste e erosão menor do que o da água, mas também geram gradativas alterações sobre o relevo terrestre. São responsáveis pelos processos de erosão eólica e também pelo transporte de sedimentos. Em muitos casos, os ventos originam belas paisagens, como rochas e composições superficiais “perfuradas” pelos ventos ao longo do tempo ou até convertidas em formas de taça.
3. Ação do clima sobre o relevo
Da mesma forma que o relevo pode ser um fator climático, o clima também pode ser visto como um agente de transformação do modelado superficial da Terra, o que revela o caráter dinâmico e, ao mesmo tempo, dialógico entre esses elementos naturais. Sua interferência pode acontecer tanto por meios indiretos, como a distribuição das chuvas e da neve, que, por sua vez, modificam a superfície, quanto por vias diretas.
As mudanças de temperatura, por exemplo, intensificam os processos de intemperismo dos solos e das rochas por interferirem em processos de dilatação térmica, o que provoca a formação de quebras ou rupturas. Períodos de secas severas e prolongadas também podem ocasionar graves impactos sobre a composição dos solos.