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Desde os primórdios da sua existência, o seres humanos sempre procuraram maneiras de explicar os fenômenos que se manifestam no mundo. Assim, desenvolveram diferentes maneiras de explicar o mundo a sua volta, criando diferentes formas de conhecimentos tais como os mitos, as religiões e a filosofia. Vejamos as especificidades deles
Os mitos constituem como uma das primeiras formas de conhecimento desenvolvidas pelos homens para explicar os fenômenos naturais e humanos em geral. Baseiam-se, necessariamente, na capacidade dos indivíduos de acreditar em elementos que fantasiam a realidade, ou seja, a alegoria é o elemento a partir do qual o mundo é interpretado pelos mitos. Esta forma de conhecimento integram a tradição de um povo e sua tradição se ocorre de geração em geração através da oralidade. Entre os gregos, por exemplo, fundou-se uma mitologia muito consistente em torno das obras Ilíada e Odisséia, do poeta Homero. Entre os indígenas brasileiros existe uma mitologia muito rica que explica a origem do povo, do mundo, os fenômenos naturais, etc.
As religiões constituem-se como uma segunda forma de conhecimento, cujo fundamento explicativo dos fenômenos baseia-se no exercício da fé. Esta, por sua vez, pode ser definida como um “acreditar profundo” em coisas que não dependem de comprovações que se submetam a dados empíricos (baseados nos cinco sentidos) ou racionais. Assim, ao acreditar que o profeta Maomé subiu ao céu em um cavalo alado, ou que Deus criou o mundo, não se pretende que as pessoas procurem provas que se submetam às comprovações que submetemos as demais coisas, como por exemplo, aquelas baseadas na ciência.
Em relação aos mitos, as religiões caracterizam por uma maior complexidade das suas crenças, contando, na maioria das vezes, com sacerdotes, templos e livros sagrados.
A Filosofia surgiu na Grécia Antiga entre os séculos VII e VI a.C. como uma forma de conhecimento paralela aos mitos e às religiões. Suas explicações baseiam-se, essencialmente, na utilização do raciocínio como fonte de interpretação dos fenômenos do universo. Diferentemente dos mitos e das religiões, o conhecimento filosófico não é definitivo, pois sua validade é determinada pela não-contradição das suas explicações. Assim, o conhecimento filosófico é um saber sempre em construção.
Resposta:
A mitologia grega surgiu da curiosidade que os gregos tinham de explicar a origem da vida e os problemas da existência. Assim, criaram deuses imortais à semelhança do ser humano.
Os antigos gregos viviam em uma civilização politeísta, ou seja, tinham a crença em vários deuses. Na Grécia Antiga, o deus que mais se destacava era Zeus. Considerado o mais importante dentre os deuses, ele representava a justiça, a razão e a autoridade. Além dos gregos serem politeístas, seus deuses eram antropomórficos, isto é, assumiam a forma humana e agiam à semelhança dos homens, lutavam entre si, e, como os humanos, sentiam ódio, amor, se casavam e tinham filhos.
Em relação ao casamento, vários deuses se uniram aos seres humanos mortais. Dessas uniões surgiram os heróis, considerados semideuses. Sobre seus deuses e heróis, os gregos contavam muitos mitos, que deram origem à mitologia grega.
A mitologia grega se originou de um conjunto de relatos fantasiosos e imaginativos em que os gregos procuravam explicar, por exemplo, a origem da vida, a vida após a morte, dentre outros assuntos.
Os deuses gregos eram homenageados por meio de jogos e competições esportivas. Desse fato, surgiram os jogos Olímpicos, que eram realizados no monte Olimpo (residência de Zeus).
No universo simbólico da mitologia grega, existiam diversos mitos, logo a seguir veremos o mito originário da ilha de Creta (Grécia). Segundo consta nos relatos históricos, nos documentos ou vestígios deixados pelos gregos, na ilha de Creta existia um labirinto intransponível: nenhum homem que adentrou ao labirinto conseguiu encontrar a saída.
Além disso, estar perdido dentro do labirinto se tornava perigoso em razão da presença da figura mitológica do Minotauro, que ali habitava. O Minotauro, na representação mitológica, tinha o corpo humano e a cabeça de touro. Essa mitologia surgiu após a derrota de Creta para Atenas: o Minotauro se encontrava dentro do labirinto para receber oferendas que Atenas pagava a Creta todos os anos.
Sempre quando os gregos tinham problemas sérios, eles consultavam os deuses por meio dos oráculos, que interpretavam para os seres humanos o que os deuses queriam.
Os principais deuses cultuados pelos gregos antigos eram: Zeus (principal deus, governava os outros deuses e os homens), Hera (esposa de Zeus), Hades (senhor dos infernos), Ares (deus da guerra), Ártemis (deusa da caça), Atena (deusa da razão e da inteligência), Afrodite (deusa do amor e a beleza), Apolo (deus da luz, das artes e da adivinhação), Dioniso (deus do vinho e do prazer), Hefaístos (deus do fogo), Deméter (deusa da terra), Hermes (deus do comércio e das comunicações) e Posêidon (deus dos mares).
Com o passar do tempo, nas cidades gregas, como Atenas, surgiram estudiosos que fundaram a Filosofia (os principais foram Sócrates, Platão e Aristóteles). Eles começaram a duvidar das explicações originárias da mitologia e fizeram-se valer do uso metódico da razão, elaborando outras explicações sobre os fenômenos naturais, sobre a vida e o homem. A partir de então, a mitologia passou a explicar, juntamente com a Filosofia, a origem da vida e os problemas da existência.
Leandro Carvalho