Segundo o IBGE, o Brasil teve um grande crescimento urbano, já que sua população urbana saltou de 19 milhões de pessoas, em 1940, para mais de 160 milhões, em 2010. Esse crescimento foi acompanhado de significativas mudanças no espaço de muitas cidades, em especial das maiores. Usando pelo menos seis dos termos colocados no quadro abaixo, faça um pequeno texto descrevendo a situação urbana do Brasil. e as palavras que estao la sao: Periferacao, urbanizacao, assoreamento, planejamento, segregacao, social e espacial
Respostas
Resposta:
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como
aquele produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos – naturais,
culturais e técnicos – e ações pertinentes a relações socioculturais e políticoeconômicas (SEED, 2006, p. 23). A Geografia se configura, então, como uma
ciência social, fruto da interação constante entre o homem, organizado socialmente,
e o meio natural.
Neste sentido, este artigo objetiva compreender a dimensão sócio-econômica
e política da produção do espaço urbano, dando enfoque à questão da segregação
socioespacial e como este conteúdo vem sendo trabalhado em sala de aula.
Pensar a cidade é concebê-la como espaço vivo e em constante mudança,
reflexo de uma sociedade fragmentada em classes e onde se fundem os interesses
do capital, a ação do Estado e a luta dos moradores como forma de resistência à
segregação socioespacial e pelo direito à cidade. Por isso mesmo a cidade reflete as
desigualdades e contradições sociais, expressa nos espaços segregados.
Na realidade, o espaço urbano ou a cidade apresenta-se, paradoxalmente
fragmentado e articulado. A fragmentação corresponde à divisão deste em espaços
menores, de acordo com o uso que se fará de cada uma das partes, ou seja, área
do comércio, industrial, residencial de alto e de baixo padrão, e a articulação
corresponde às relações de interdependência entre as partes feita pelos fluxos de
pessoas, veículos e mercadorias (CORRÊA, 2005, p. 7).
O espaço urbano é ainda o reflexo da sociedade a que está associado. No
sistema capitalista ele reflete a estrutura social classista ao apresentar formas
heterogêneas entre formas de vida e de moradia, que originam contrastes que
chocam qualquer observador sensível às mazelas sociais, “por um lado, a favela [...]
em bairros periféricos e afastados geralmente, sem infra-estrutura. De outro, os
apartamentos de classe média e os de alto padrão com áreas de até 1000 m2
, e os
sobrados, as mansões em ruas arborizadas pontilhadas por guaritas com guardas
uniformizados” (CARLOS, 2007, p.22)
Sendo assim, o objetivo deste artigo é o de fazer uma abordagem da forma
com que alguns livros didáticos tratam os conteúdos relacionados ao Espaço Urbano
e os enfoques que dão à questão da segregação sócio-espacial procurando
averiguar se as obras estão estruturadas em uma perspectiva tradicional ou crítica e
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propor o desenvolvimento deste conteúdo a partir da realidade dos alunos utilizando
como metodologia de trabalho a pesquisa de campo em conjunto com os alunos.
Tal proposição é resultado do Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola
do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná (PDE), o qual
consistia em envolver os alunos do 1º ano do Ensino Médio em uma pesquisa no
bairro Nossa Senhora das graças em Jacarezinho, estado do Paraná.
O referido bairro é uma área de segregação socioespacial, pois se trata de
uma área de favela, localizada na periferia da cidade, de onde vem parte
considerável dos alunos do Colégio Estadual Anésio de Almeida Leite.
A pesquisa foi fundamentada na coleta de dados obtida “in loco” pelos alunos
e em materiais coletados junto à Prefeitura Municipal de Jacarezinho. A sustentação
do trabalho dá-se pela abordagem quantitativa e qualitativa do objeto estudado. E
por fim, traremos os resultados referentes à implementação do referido Projeto de
Intervenção Pedagógica na Escola.
2. BREVE HISTÓRICO DA GEOGRAFIA ESCOLAR
Antes de iniciar a análise da forma com que o conteúdo ‘espaço urbano’ é
tratado nos livros didáticos são necessárias algumas considerações do ensino de
Geografia praticado nas escolas públicas e os vieses pedagógicos a ela aplicados.
A Geografia tradicional sempre teve uma relação muito íntima e emaranhada
com o ensino escolar veiculado à sociedade capitalista da pós-revolução industrial,
de meados do século XIX. Durante todo este século, houve muitas disputas entre
vários grupos políticos representantes da Igreja e do Estado para apoderarem-se da
educação escolar. Ao Estado, vitorioso, coube organizar uma educação pública
nacional com o objetivo de dar caráter cívico ao ensino de cada país, em forma de
educação patriótica e nacionalista que justificasse os acontecimentos bélicos que
estariam por vir (OLIVEIRA, 1994, p.30).
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Explicação: