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Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou, no final de 2016, que seu cadastro nacional de profissionais chegou ao recorde de 1 milhão de pessoas exercendo o Direito no Brasil.
Esse grande número é resultado de uma forte expansão do mercado de ensino que pôde ser vislumbrada na década passada.
Tendência pela especialização Uma das marcas da sociedade contemporânea é a complexificação de seus trabalhos e a consequente necessidade de especialização de suas atividades.
Isso porque os seus temas ainda não encontraram lugar nas grades curriculares tradicionais e, para se adaptar, você deve buscar formação em cursos de extensão, mestrados e doutorados.
Esses novos direitos estarão com as portas abertas para os advogados capazes de acompanhar as tendências e construir cenários favoráveis nesse futuro cada vez mais especializado.
Tendo em vista a falta de profissionais especializados, quem chegar no mercado preparado possuirá uma enorme vantagem em relação ao currículo dos concorrentes.
Consequências da digitalização Outra mudança significativa que será observada com um peso cada vez mais relevante no futuro é a digitalização e a possibilidade de expansão do tempo e do espaço.
Entretanto, com as novas ferramentas de comunicação, podemos vislumbrar o aparecimento de escritórios móveis, que contarão com uma equipe em diferentes pontos do país trabalhando numa mesma causa e em regime de tempo real, 24 horas por dia.
Nesse cenário, o advogado tem de buscar dominar as ferramentas digitais bem como se preocupar com aspectos da comunicação verbal e gestual permitidos pelas novas tecnologias.
Necessidade de atuação global Outra tendência bastante forte para o futuro é a da flexibilização das barreiras e da revisão dos limites entre os diversos países do mundo.
Assim, se hoje podemos constatar que a atuação dos profissionais de Direito se dá, em sua grande maioria, dentro dos limites nacionais, é necessário pensar o surgimento de problemas que apontam para conflitos jurídicos transnacionais.
Desse modo, o advogado do futuro deverá ser capaz de atuar de forma coletiva em diversas instâncias e em escala internacional.
Afinal, é possível perceber uma demanda crescente para que temas como meio ambiente, desastres naturais, direitos humanos, saúde e ciência sejam pensados de forma cada vez mais global e coletiva.
Pense, por exemplo, em equipes de Direito trabalhando em escritórios espalhados por vários pontos do mundo, buscando soluções conjuntas para problemas extremamente complexos e com grandes impactos para milhões de pessoas.
Isso visto que será cada vez mais exigido dos profissionais de Direito serem capaz de transitar por outras áreas que, atualmente, são vistas somente como tangenciais.
Sendo assim, é desejável, por exemplo, que o advogado da área de Direito Societário saiba ler e interpretar com clareza um balanço para poder discutir em igualdade de condições com o responsável por sua elaboração.
De maneira similar, do profissional dedicado ao Direito Administrativo será exigida a competência de abordar temas financeiros com o economista e avaliar as taxas de retorno de determinados projetos.
Consequentemente, um profissional incapaz de atuar em conexão com outras disciplinas terá sérios problemas para se manter competitivo no mercado de trabalho do futuro.
Outras tendências relevantes Além dos aspectos que já destacamos, outras características também modificarão substancialmente o cenário de atuação do profissional de Direito.
Questões como a tecnologia inteligente no cotidiano processual, a necessidade da negociação como um instrumento do Direito e a ênfase na prevenção de conflitos são apenas alguns exemplos a serem enfrentados em um cotidiano bem próximo.
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