O gargalo do transporte de animais.
"Alimentar uma população de 7 bilhões de pessoas não é uma tarefa fácil. As pessoas necessitam de cereais e proteína animal em suas dietas e operacionalizar tudo isso é sempre muito complicado para agricultores e agroindústrias. Uma das atividades desse processo é o transporte de animais para abate. Os animais são retirados de sua zona de conforto e são lançados em um ambiente de transporte estranho, irregular e com quase nenhum conforto térmico. Esses fatores aliados às distâncias de transporte causam estresses aos animais reduzindo o aproveitamento da carcaça e a perda do animal. O resultado negativo do transporte acarreta prejuízos aos produtores que investiram no crescimento e engorda dos animais durante o ciclo de produção. Na suinocultura, por exemplo, segundo Antunes (2011) as perdas no transporte correspondem a 19% da incidência de morte de animais. O Transporte tem representado danos ao bem-estar animal, à qualidade da carne, e imposto perdas econômicas às agroindústrias."
Veja alguns problemas e características elencados por Antunes (2011) no transporte de suínos:
- Inexistência de um profissional específico para o transporte (ou de uma equipe).
- Inexistência de um treinamento exclusivo voltado a quem desempenha esse tipo de operação.
- Manejo inadequado dos animais, lotação exagerada, tempo excessivo de viagem ou de espera no abatedouro.
- Uso do bastão elétrico que prejudica o bem-estar dos animais, pode provocar danos na carcaça e comprometer a qualidade da carne.
- Condições climáticas de transporte inadequadas que influenciam decisivamente na intensidade do estresse do animal. Esse estresse térmico aumenta a temperaturas acima de 18ºC e elevam as perdas ocasionadas durante a remoção dos animais da granja ao abatedouro. A qualidade da carne (incidência de PSE/DFD) é prejudicada com a adição de fatores estressantes, tais como temperaturas mais elevadas.
- O tempo da viagem influencia também o comportamento do animal e a qualidade da carne suína. A distância percorrida, entretanto, é menos importante que o tempo da viagem, que tem efeito mais adverso no estresse dos animais.
(Fonte: ANTUNES, R. O gargalo do transporte. Revista Suinocultura Industrial 2, pp 38-45, 2011).
Diante dessas considerações use os conhecimentos que adquiriu sobre gestão da produção e logística e responda aos questionamentos a seguir:
a) (6,00 pontos) Quais soluções poderiam ser adotadas por produtores e agroindústrias para resolver esse importante problema logístico?
b) (4,00 pontos) Como poderiam ser conscientizados os trabalhadores para adotarem e implementarem as medidas sugeridas no item A?
Respostas
respondido por:
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a) Dentre as possíveis soluções para o problema em questão, podemos citar:
1) escolha de um profissional zootecnista para avaliar o nível de estresse geral dos animais transportados e tomar todos os cuidados necessários no deslocamento dos porcos.
2) investimento em um caminhão-baú com opção de configuração da temperatura interna. Assim, seria mais fácil transportar os animais de forma mais organizada e dentro da temperatura ideal.
b) Os trabalhadores poderiam ser conscientizados por meio de minipalestras (ofertadas por profissionais externos), dados e resultados capazes de mostrar a real necessidade de promover o bem-estar no transporte animal.
Até breve!
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