• Matéria: História
  • Autor: andrielebueno3
  • Perguntado 6 anos atrás

Leia atentamente o excerto abaixo: “Quando, há pouco mais de cem anos, a história medieval começou a afirmar-se como objecto de interesse e admiração, aquilo que primeiro atraiu as atenções gerais, e se tornou uma fonte de entusiasmo e inspiração, foi a cavalaria. Para a época do romantismo a Idade Média e a cavalaria eram termos quase sinónimos. A imaginação histórica fixou-se de preferência nas cruzadas, nos torneios, nos cavaleiros andantes. Mas de então para cá a História democratizou-se. A cavalaria é actualmente vista como uma florescência muito especial de civilização que, longe de ter dominado o curso da história medieval, foi antes um factor bastante secundário na evolução política e social da época. Para nós o problema da Idade Média reside principalmente no desenvolvimento da organização comunal, das condições económicas, do poder monárquico, das instituições administrativas e judiciais, e, em segundo lugar, no domínio da religião, da escolástica e da arte. Para o fim do período a nossa atenção é quase inteiramente absorvida pela génese das novas formas de vida política e económica (absolutismo, capitalismo) e das novas formas de expressão (Renascimento). Deste ponto de vista o feudalismo e a cavalaria surgem-nos como pouco mais do que as sombras de uma ordem inábil, quase insignificante e sem valor para a compreensão da época. [...] Ora se os degraus do edifício social são concebidos como sendo os degraus inferiores do trono do Eterno, o valor atribuído a cada ordem não dependerá da sua utilidade, mas da sua santidade — que é, como quem diz, da sua proximidade do lugar mais alto. Mesmo que a Idade Média tivesse reconhecido a diminuta importância da nobreza como membro do corpo social, isso não teria mudado a concepção que existia do seu alto valor, do mesmo modo que o espectáculo de uma nobreza violenta e dissipadora nunca impediu a veneração pela ordem em si mesma. Para a alma católica o apoucamento das pessoas nunca invalida o carácter sagrado da instituição. A moral dos clérigos e a decadência das virtudes cavalheirescas podiam ser estigmatizadas sem desvio do respeito devido à Igreja ou à nobreza como tal. Mas os estados da sociedade só podiam ser veneráveis e duradouros porque todos eles haviam sido instituídos por Deus. A concepção da sociedade na Idade Média é estática, não dinâmica”. HUIZINGA, Johan. O declínio da Idade Média. 2 ed. Portugal: Ulisséia, 1983, p. 41-43. A partir da leitura do excerto e dos conhecimentos adquiridos na disciplina, disserte acerca da divisão social característica do período medieval, evidenciando a maneira pela qual essa divisão social colaborou para a manutenção dos elementos e instituições características da Idade Média. Orientações: - Elabore seu texto de forma dissertativa argumentativa. ​- Seu texto deverá conter no mínimo 15 linhas e no máximo 30 linhas. - Utilize argumentos convincentes, que expressem sua criticidade. - Leia novamente o que escreveu, amplie as ideias e conclua sua atividade. - Realize uma cuidadosa correção ortográfica em seu texto antes de enviá-lo

Respostas

respondido por: thaynnaba
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A sociedade durante a idade média estava dividido em estamentos que possibilitavam a mudança da pessoa de um estamento para outro mas que isso era muito difícil de acontecer.

Isso porque as pessoas estava presas as suas condições sociais e financeiras na medida em que a questões econômicas e sociais não possuíam ferramentas para a mudança.

Hoje as classes sociais estão divididas de acordo com o seu aspecto econômico possibilitando maior mudança.

espero ter ajudado!

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