Respostas
Explicação:
Geopolítica da água
A geopolítica da água gera profundo debate no contexto político da atualidade, principalmente em razão da escassez crescente desse recurso e do seu elevado caráter estratégico.
A água doce, própria para consumo, é, ao lado do petróleo, o mais estratégico dos recursos naturais da atualidade. Com o crescimento do impacto das atividades humanas sobre a natureza, sua disponibilidade encontra-se cada vez mais escassa, sem falar em algumas áreas que já apresentam uma tendência natural para esse problema. Por isso, é quase que um consenso no âmbito das ciências políticas que o século XXI será marcado como o século das disputas internacionais pelos recursos hídricos, o que nos faz pensar, então, na questão da Geopolítica da água.
É errôneo, porém, pensar que as tensões diplomáticas e os conflitos internacionais pela água sejam uma novidade no mundo. Desde as primeiras civilizações, a disputa por territórios com áreas de rios e reservas hídricas foi algo recorrente. No século XX, vários casos assinalaram também essa questão, que tende a intensificar-se ao longo das próximas décadas em várias regiões do planeta.
Resposta:
Pela própria natureza da Terra, a água doce, potável e de qualidade encontra-se distribuída de forma bastante desigual. As regiões setentrionais do planeta, embora com grandes rios – Danúbio, Reno, Volga, Lena – ou na América – o São Lourenço, Mississipi, Missouri – concentram grandes aglomerações demográficas, que consomem volumes crescentes de água potável. Além disso, a generalização da agricultura moderna – subsidiada com milhares e milhares de dólares, tanto na União Européia, quanto nos EUA – ampliou tremendamente o consumo de água. Muitas vezes, a riqueza produzida por tal agricultura subsidiada não paga os imensos gastos de armazenamento, dutos e limpeza investidos no processo de sua própria disponibilização.
Explicação:
Em quase todos os casos, as grandes reservas de água na Europa e nos EUA padecem de problemas que afetam sua qualidade. Na Europa, hoje, a água é um item de consumo semanal, constituindo-se item obrigatório nos supermercados. A grande poluição industrial – por exemplo, no Reno – ou a qualidade – o caso das águas calcáreas da França e da Alemanha – obrigaram a população a aceitar a água como mercadoria vendida em supermercados.
Nos EUA a expansão da agricultura subsidiada consome a maior parte da água potável, além da poluição que avança sobre grandes reservatórios, como nos Grandes Lagos. Além disso, a construção de cidades “artificiais”, muitas vezes em pleno deserto – como Las Vegas – implica numa pressão crescente sobre os reservatórios existentes.