1Classifique, de acordo com o código, o tipo de narrador de cada um dos fragmentos a seguir.
A – Se o narrador for predominantemente um narrador protagonista.
B – Se o narrador for predominantemente um narrador testemunha.
C – Se o narrador for predominantemente um narrador observador.
D – Se o narrador for predominantemente um narrador onisciente.
Observação: Não se deve levar em consideração o eventual conhecimento da obra a que pertencem os fragmentos. A questão envolve a análise apenas dessas passagens.
I. O sol retirara-se da varanda, e sobre a pedra, em vasos de barro, plantas pobres encolhiam a sua folhagem chupada do calor; sobre uma tábua a um canto, numa velha panela bojuda, verdejava um pé de salsa muito tratado; o gato dormia sobre um esteirão; esfregões secavam numa corda; e para além alargava-se o azul vivo como um metal candente, as árvores dos quintais tinham tons ardentes do sol, os telhados pardos com as suas vegetações esguias coziam no calor, e pedaços de paredes caiadas despediam uma rebrilhação dura.
Eça de Queirós. O primo Basílio. Cotia: Ateliê, 1998. p. 130.
II. Na minha família, em minha terra, ninguém conheceu uma vez um homem, de mais excelência que presença, que podia ter sido o velho rei ou o príncipe mais moço, nas futuras estórias de fadas. Era fazendeiro e chamava-se Tio Man’Antônio.
GUIMARÃES ROSA, João. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988. p. 73.
III. Desde esse dia Bertoleza fez-se ainda mais concentrada e resmungona e só trocava com o amigo um ou outro monossílabo inevitável no serviço da casa. Entre os dois havia agora desses olhares de desconfiança, que são abismos de constrangimento, entre pessoas que moram juntas. A infeliz vivia um sobressalto constante; cheia de apreensões, com medo de ser assassinada; só comia do que ela própria preparava para si e não dormia senão depois de fechar-se a chave.
AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ateliê, 2012. p. 342.
IV. Quando pensaram, vendo tanta desgraça em derredor, que eu era sujeito decaído, aí mesmo é que cresci. Foi como se nascesse de novo. É na hora de vento soprar de conta que gosto de ver Ponciano de Azeredo Furtado, coronel por trabalho de valentia e senhor de pasto por direito de herança. No redemoinho da desventura, nem uma vez abri mão de qualquer galhardia, nem desmereci da patente.
CARVALHO, José Cândido de. O coronel e o lobisomem. Rio de Janeiro: José Olympio, 1994. p. 268.
2Justifique as classificações feitas por você na questão 01.
Respostas
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9
Resposta:
up
Explicação:
I – C; II – B; III – D; IV – A
respondido por:
6
Resposta:
I – C; II – B; III – D; IV – A
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