• Matéria: Geografia
  • Autor: Geovannaaaolivee
  • Perguntado 6 anos atrás

Globalização e desigualdades sociais:

A globalização econômico-financeira é, sem dúvida, questionada pelo FSM exatamente no seu calcanhar-de-aquiles: a hegemonia da economia sobre a sociedade. Na verdade, vivemos num mundo invertido. Em vez de a economia servir à sociedade, é a sociedade que se vê subjugada à economia. O divórcio é tão radical que nunca se produziu tanto e com tal produtividade, mas de forma totalmente desconectada das necessidades humanas. A expressão máxima da globalização em curso é o seu lado cassino, jogatina mesmo: acumula-se riqueza sem nada produzir, simplesmente especulando sobre a saúde de setores e até povos inteiros. Nada mais absurdo do que ver as ações de um conglomerado multinacional crescer nas bolsas de valores do mundo pelo simples anúncio de reestruturação dos seus negócios, com demissões em massa de trabalhadores. Isso sem falar no cinturão de paraísos fiscais que cercam os principais centros econômico-financeiros mundiais, onde se lava o dinheiro sujo desta economia do único direito: o direito dos detentores de dinheiro.
O FSM questiona a supremacia do direito do dinheiro, do comércio, das bolsas, dos mercados, sobre todos os outros direitos. Desmontar, reduzir, flexibilizar direitos humanos, que a humanidade levou tempo para estabelecer como seus princípios e regras sociais, parece ser a única real política deste sistema, deste modo de pensar e fazer o mundo próprio da globalização econômico-financeira. Usa-se o Estado para, ora vejam, destruir a capacidade do próprio Estado em regular. Atinge-se de morte a democracia como ideal, como instituição e como processo de vida em coletividade. A globalização que aí está é essencialmente um problema de poder, de um fazer econômico que não é outra coisa que puro poder unilateral dos detentores do dinheiro.
O FSM tem uma tarefa gigantesca pela frente, que não poderá executar sozinho. Temos que ver tudo como um processo coletivo, como onda a ser alimentada por todos e todas que acreditam que a sua ação cidadã pode e faz uma enorme diferença no curso da história. Estamos diante de uma encruzilhada de civilização e não só de um problema econômico. Pela primeira vez, não é a escassez o nosso problema, mas o modo de produção e a distribuição da abundância. Ou seja, a desigualdade social, expressa como desigualdade econômica no acesso e uso dos recursos naturais e dos bens e serviços produzidos, é na verdade um problema de poder. Não faltam recursos. Pelo contrário, está em questão o modo de gestão.
Por isso, é a desigualdade, e não mais a pobreza em si, o grande e central problema. O maior engodo é acreditar, como nos querem fazer crer os defensores da globalização em curso, que precisamos crescer para enfrentar os nossos problemas. A pobreza que temos não é fruto da escassez, da falta de crescimento econômico, mas da injustiça social. Portanto, nosso problema político central é combater a desigualdade. Ou seja, temos uma questão de poder desigual nas diferentes relações, relações que geram e explicam a desigualdade em termos econômicos e culturais. Um problema de múltiplas e articuladas desigualdades sociais.
ATIVIDADES:
1- Quais as críticas do texto sobre a globalização econômica?
2- Ainda de acordo com o texto, o que significa a supremacia do dinheiro?
3- o que significa a supremacia do dinheiro?
4- Por que o autor do texto afirma que a questão é combater a desigualdade e não a pobreza?

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trafalgar11: KSKSKSKSKSKS

Respostas

respondido por: gabyyy127
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Resposta:

1)Pela primeira vez, não é a escassez o nosso problema, mas o modo de produção e a distribuição da abundância. Ou seja, a desigualdade social, expressa como desigualdade econômica no acesso e uso dos recursos naturais e dos bens e serviços produzidos, é na verdade um problema de poder.

2temos uma questão de poder desigual nas diferentes relações, relações que geram e explicam a desigualdade em termos econômicos e culturais.

3)Poder ou autoridade suprema.

4)Um problema de múltiplas e articuladas desigualdades sociais

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