• Matéria: Geografia
  • Autor: biabernabe962
  • Perguntado 6 anos atrás

que desafios ambientais e energeticos são enfrentados na porção do continente da Europa Ocidental?​

Respostas

respondido por: mdpowergame
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Resposta:

Na Europa, as temperaturas médias anuais da atmosfera aumentaram 0,3-0,6°C desde 1900. Os modelos climáticos predizem aumentos de cerca de 2°C, relativamente aos níveis de 1990, até ao ano 2100, sendo os aumentos mais acentuados no norte da Europa do que no sul. Entre as consequências potenciais desta tendência contam-se a subida do nível do mar, tempestades mais frequentes e intensas, inundações e secas, alterações no biota e na produtividade alimentar. A gravidade destas consequências dependerá, em parte, do grau de aplicação de medidas de adaptação nos próximos anos e décadas.

Para assegurar que os aumentos de temperatura não ultrapassam 0,1°C por década e que a subida do nível do mar não é superior a 2 cm por década (limites provisórios actualmente assumidos para que possa haver sustentabilidade) seria necessário que, até 2010, os países industrializados reduzissem as emissões de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono, metano, óxidos de azoto e vários compostos halogenados) em pelo menos 30-55%, relativamente aos níveis de 1990.

Estas reduções são muito mais elevadas do que os compromissos assumidos pelos países desenvolvidos na terceira conferência das partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (UNFCCC) realizada em Kyoto, em Dezembro de 1997, de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa na maioria dos países europeus em 8%, relativamente aos níveis de 1990, até 2010. Alguns PECO comprometeram-se a reduzir, até 2010, as emissões dos gases com efeito de estufa entre 5% e 8% relativamente a 1990, enquanto a Federação Russa e a Ucrânia se comprometeram a estabilizar as suas emissões aos níveis de 1990.

Não é certo que a UE consiga alcançar o objectivo inicial da UNFCCC, estabelecido em 1992, de estabilizar as emissões de dióxido de carbono (o principal causador do efeito de estufa) no ano 2000 aos níveis de 1990, uma vez que, segundo das previsões actuais, no ano 2000 as emissões serão 5% superiores aos níveis de 1990. Além disso, em contraste com o objectivo de Kyoto de uma redução de 8% das emissões de gases com efeito de estufa em 2010 (para um "cabaz" de seis gases, incluindo o dióxido de carbono), o último cenário (pré-Kyoto) da Comissão das Comunidades Europeias, caso não se tomem medidas em contrário, prevê um aumento de 8% nas emissões de dióxido de carbono entre 1990 e 2010, sendo a maior contribuição (39%) proveniente do sector dos transportes.

A proposta de um imposto sobre a energia/dióxido de carbono, medida chave a nível comunitário, ainda não foi aprovada, embora alguns países da Europa Ocidental já tenham introduzido esse tipo de impostos (Áustria, Dinamarca, Finlândia, Países Baixos, Noruega e Suécia). Além disso, existem outros tipos de medidas visando reduzir as emissões de CO2, algumas das quais estão a ser actualmente adoptadas por diversos países europeus e pela UE. Entre estas, contam-se programas relacionados com o aumento da eficiência energética, centrais de co-geração, substituição do carvão pelo gás natural e/ou lenha, medidas destinadas a alterar a repartição modal nos transporte e medidas destinadas a consumir carbono (aumentando o seu escoamento) através de florestação.

O consumo de energia, dominado pelos combustíveis fósseis, representa a principal fonte de dióxido de carbono. Na Europa Ocidental, as emissões de CO2 originadas por combustíveis fósseis diminuíram 3% entre 1990 e 1995, devido à recessão económica, à reestruturação da indústria na Alemanha e à substituição do carvão por gás natural na produção de energia. Os preços da energia na Europa Ocidental, na última década, têm-se mantido estáveis e relativamente baixos em comparação com o passado, proporcionando pouco incentivo à adopção de medidas visando a eficiência energética. A intensidade energética (procura final de energia por unidade de PIB) diminuiu apenas 1% por ano desde 1980.

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