como se formou a civilização harapense que floresceu no Vale do Rio indo por volta de 2.800 a.c
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Civilização do Vale do Indo (CVI) foi uma civilização da Idade do Bronze nas regiões noroeste do sul da Ásia, que existiu entre 3300 e 1 300 a.C., sendo que atingiu seu auge entre 2600 e 1 900 a.C..[1][nota 1] Juntamente com o Egito antigo e a Mesopotâmia, foi uma das três primeiras civilizações da região, compreendendo o norte da África, o oeste da Ásia e o sul da Ásia, e das três, a mais difundida, sendo que seu complexo de centros urbanos abrange uma área que se estende do nordeste do Afeganistão, através de grande parte do Paquistão e o oeste e noroeste da Índia.[2][nota 2] Floresceu nas bacias do rio Indo, que flui através do Paquistão e ao longo de um sistema de rios perenes, principalmente alimentados por monções, que antes corriam nas proximidades do sazonal rio Gagar, no noroeste da Índia e no leste do Paquistão.[1][3]
As cidades da civilização eram destacadas por seu planejamento urbano, casas de tijolos assados, sistemas elaborados de drenagem e abastecimento de água, aglomerados de grandes edifícios não residenciais e novas técnicas de artesanato (produtos de cornalina, entalhes em selos) e metalurgia (cobre, bronze, chumbo e estanho).[4] As grandes cidades de Moenjodaro e Harapa muito provavelmente chegaram a ter entre 30.000 e 60.000 habitantes,[5][nota 3] sendo que a própria civilização, durante sua florescência, pode ter contido entre um e cinco milhões de pessoas.[6][nota 4] A gradual seca do solo da região durante o III milênio a.C. pode ter sido o estímulo inicial para a urbanização associada à civilização, mas também reduziu o suprimento de água o suficiente para causar seu desaparecimento e a migração de sua população para o leste.[7][8][3][9]
A civilização também é conhecida como Civilização Harapeana, por conta da cidade de Harapa, a primeira a ser escavada no início do século XX no que era então a Índia britânica e agora é o Paquistão.[10][nota 5] A descoberta de Harapa, e logo depois de Moenjodaro, foi o ponto culminante do trabalho que começou em 1861 com a fundação do Serviço Arqueológico da Índia durante o Raj britânico.[11] No entanto, houve culturas anteriores e posteriores, frequentemente chamadas pré-harapeanas e pós-harapeanas na mesma região. Em 2002, foram relatadas mais de 1.000 cidades e assentamentos harapeanos, dos quais pouco menos de cem haviam sido escavados,[12][nota 6][13][14][nota 7] Entretanto, existem cinco principais locais urbanos:[15][nota 8] Harapa, Moenjodaro (Patrimônio Mundial da UNESCO), Dolavira, Ganueriual, no Deserto de Cholistão, e Raquigari.[16][nota 9] As primeiras culturas harapeanas foram precedidas por aldeias agrícolas neolíticas locais, a partir das quais as planícies fluviais foram povoadas.[17][18]
O idioma harapeano não é diretamente atestado e sua afiliação é incerta, pois a escrita indo ainda não foi decifrada.[19] Um relacionamento com a família de idiomas dravidiano é uma teoria defendidas por uma parte dos estudiosos.[20][21]