• Matéria: Física
  • Autor: Francisconeto6713
  • Perguntado 6 anos atrás

b) Quais são os efeitos colaterais de uma vacina que não tenha sido testada de forma adequada?b) Quais são os efeitos colaterais de uma vacina que não tenha sido testada de forma adequada?

Respostas

respondido por: shaylasilvax
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Resposta:

INTRODUÇÃO

As vacinas anti-meningocócicas são indicadas na prevenção de epidemias e conferem imunidade grupo-específica contra a doença meningocócica, diminuindo as chances de ocorrência da infecção78. Diversas vacinas têm sido produzidas contra os meningococos A, B e C, os mais comuns nas endemias e epidemias e mesmo contra os sorogrupos Y e W135 que podem ocasionar surtos esporádicos em academias militares e educandários. Uma vacina de polissacáride 29E foi experimentada por Griffiss e col.42 com resultados imunogênicos satisfatórios em adultos. As vacinas monovalentes A e C, a bivalente AC e a tetravalente ACYW135 vêm sendo empregadas com freqüência nos Estados Unidos, Europa e América do Sul. Essas vacinas em geral contêm 50 µg de polissacáride por dose e são administradas por via subcutânea16, 36. Reações locais podem ocorrer devido à presença de altos níveis de anticorpos pré-existentes ou a presença da endotoxina lipopolissacarídica como contaminante do produto vacínico36. No entanto, os efeitos tóxicos ou alérgicos das vacinas não são freqüentes38.

A imunização contra a doença meningocócica tem sido recomendada para indivíduos de risco: pessoas com deficiência dos componentes terminais do sistema complemento ou asplenia anátomo/funcional, trabalhadores ou viajantes que necessitem chegar a áreas onde a doença é epidêmica e ainda, recrutas militares17-20. A preocupação com este último grupo atribui-se às circunstâncias que envolvem o período de treinamento militar quando se formam grandes agrupamentos, o que pode aumentar a taxa de portadores e o desenvolvimento da doença invasiva96, 99. Quando 40% dos recrutas militares na Finlândia foram vacinados com polissacáride meningocócico, verificou-se que nenhum caso de meningite ocorrera dentre esses recrutas, embora a doença se manifestasse sobre o restante da população. Por outro lado, quando apenas 20% dos recrutas foram vacinados nos Estados Unidos, a proteção se verificou apenas sobre essa população de vacinados6. O efeito da imunização com o polissacáride meningocócico C em 1969-70 mostrou que a vacinação fornece 50% de proteção contra a aquisição de um novo estado de portador dentro da população35, 69.

Embora desempenhe papel importante no controle de endemias e de casos esporádicos de meningites A e C, a vacinação para a massa populacional não tem sido recomendada nos Estados Unidos por três razões: a) a doença meningocócica tem sido pouco freqüente, 3.000 casos/ano; b) não existe ainda uma vacina anti-meningocócica B comprovadamente eficaz e esse sorogrupo representa 50% dos casos da doença; c) a vacina não é eficaz contra a doença causada pelo meningococo C, em crianças com menos de 2 anos de idade, faixa etária essa onde esse sorogrupo atinge 28% dos casos19, 20. Entretanto, considerando-se que nos Estados Unidos a taxa de doença meningocócica entre pessoas de 18 a 22 anos, preventivamente vacinadas, é de 0,5/100.000/ano, que a eficácia da vacina C é de 85% para uma cobertura de 80%, com efeitos colaterais raros ou infreqüentes, e que a taxa de doença meningocócica entre estudantes é de 1,3/100.000, Jackson e col.44 concluíram que é importante a vacinação de estudantes. Segundo esses autores, em primeiro lugar, o custo da vacina C é estimado em U$15.00 por dose, e os gastos com a administração da vacina têm um custo adicional de U$15.00 por dose, perfazendo U$30.00 por pessoa; em segundo, o tratamento da doença meningocócica custa em torno de U$8,145.00 por doente, incluindo 7 dias de hospitalização (estimativa de U$602.00/dia, em 1988). Assim, como o custo anual da vacinação dos estudantes é estimado em U$45 milhões, um programa de imunização de escolares é uma importante alternativa para uma economia dos recursos da saúde pública. A informação acerca da duração protetora fornecida pelas vacinas polissacarídicas é de importância para a escolha de esquemas de vacinação nos países com alta incidência da doença e com recursos financeiros limitados.

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