• Matéria: História
  • Autor: julioestuth
  • Perguntado 6 anos atrás

Pensando o trabalho a partir da tortura (como era visto) até o momento em que foi tido como uma atividade que dignifica o homem.

 

O termo trabalho pode ter nascido do vocábulo latino tripallium, que significa "instrumento de tortura", e por muito tempo esteve associado à ideia de atividade penosa e torturante. Nas sociedades grega e romana era a mão-de-obra escrava que garantia a produção necessária para suprir as necessidades da população. Existiam outros trabalhadores além dos escravos, como os meeiros, os artesãos e os camponeses. No entanto, mesmo os trabalhadores livres eram explorados e oprimidos pelos senhores e proprietários. Estes eram desobrigados de qualquer atividade, exceto a de discutir os assuntos da cidade e o bem-estar dos cidadãos. Para que não dependessem do próprio trabalho e pudessem se dedicar exclusivamente a essa atividade, o trabalho escravo era fundamental. O trabalho passou a ter valor após a Revolução Industrial e emergência do mercantilismo e do capitalismo devido a necessidade de mão de obra requerida pela burguesia que ganhava forças cada vez mais. a partir daí passou-se a pensar o trabalho como algo valoroso, algo que dignifica o homem, o trabalho mudou de figura e era preciso agora convencer as pessoas de que trabalhar para os outros era bom.

 

Algumas mudanças ocorreram na estrutura do trabalho. O pensamento primário a respeito do trabalho foi tomando novo rumo. artesãos e pequenos produtores se transformaram em assalariados. vamos ver como se deu esse movimento conceitual do trabalho.

Primeiro, casa e local de trabalho foram separados; depois, separaram o trabalhador de seus instrumentos; por fim, tiraram dele a possibilidade de conseguir a própria matéria-prima. Tudo passou a ser dos comerciantes e industriais que haviam acumulado riquezas. Eles financiavam, organizavam e coordenavam a produção de mercadorias, definiam o que produzir e em que quantidade. Afinal, o dinheiro era deles.

Essa transformação aconteceu por meio de dois processos de organização do trabalho: a cooperação simples e a manufatura (ou cooperação avançada).

Na cooperação simples, era mantida a hierarquia da produção artesanal entre o mestre e o aprendiz, e o artesão ainda desenvolvia, ele próprio, todo o processo produtivo, do molde ao acabamento. A diferença é que ele estava a serviço de quem lhe financiava não só a matéria-prima, como até mesmo alguns instrumentos de trabalho, e também definia o local e as horas a ser trabalhadas. Esse tipo de organização do trabalho abriu caminho para novas formas de produção, que começaram a se definir como trabalho coletivo.

No processo de manufatura (ou cooperação avançada), o trabalhador até continuava a ser artesão, mas não fazia tudo, do começo ao fim. O sapato, por exemplo, era feito a muitas mãos, como numa linha de montagem. Cada um cuidava de uma parte, como hoje acontece com os carros e tantos outros produtos fabricados.

Com esse processo ocorreu o convencimento do trabalhador de que a situação presente era melhor do que a anterior. Diversos setores da sociedade colaboraram para essa mudança:

As igrejas procuraram passar a idéia de que o trabalho era um bem divino e quem não trabalhasse não seria abençoado. Não trabalhar (ter preguiça) passou a ser pecado.

Os governantes passaram a criar uma série de leis e decretos que penalizavam quem não trabalhasse. Os desempregados eram considerados vagabundos e podiam ir para a prisão. Inclui-se aqui o auxílio da polícia, encarregada de prender esses "vagabundos".

Os empresários desenvolveram uma disciplina rígida no trabalho, principalmente com horários de entrada e saída dos estabelecimentos.

As escolas passaram às crianças a ideia de que o trabalho era fundamental para a sociedade. Esse conceito era ensinado, por exemplo, nas tarefas e lições e também por meio dos contos infantis. Quem não se lembra, por exemplo, da história da Cigarra e da Formiga ou da dos Três Porquinhos? Quem não trabalhava "levava sempre a pior".


 Referência:

TOMAZI, Nelson Dácio. Sociologia para o Ensino Médio. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 
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Respostas

respondido por: afonsorodrigo2010
6

a

Explicação:

Você provavelmente já ouviu falar de tortura. Basicamente, a tortura é uma violação dos direitos humanos. No conteúdo sobre a tortura no mundo, trouxemos para você como a prática de torturar esteve presente em diversas sociedades. Mas como se deu a tortura no Brasil?

Nesse post poderemos aprender mais sobre o assunto voltado para história brasileira. Vamos lá?

Leia também: o que são direitos humanos?

No Brasil, a tortura foi usada desde a chegada dos portugueses em 1500 como meio de obter provas através da confissão. Além disso, a exploração dos índios e a escravidão dos negros são consideradas a maior crueldade histórica do país.

Segundo dados coletados pelo projeto “Slave Voyage”, foram cerca de 1.700.000 (um milhão e setecentos mil) africanos trazidos, na condição de escravos para o Brasil em 300 anos (1550-1888). Durante esse longo período escravista, a violência foi uma das características marcantes desse sistema socioeconômico.

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