• Matéria: Filosofia
  • Autor: SalvaVidas7424
  • Perguntado 6 anos atrás

Qual a diferença de ética para Aristoteles e Kant?

Respostas

respondido por: Pedrin45938doFutBR
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Resposta:

Aristóteles propõe usar a mente de acordo com a virtude para viver uma vida feliz. Kant propõe razão prática, negar impulsos e desejos, para alcançar o bom estado da existência humana.

Explicação:

respondido por: LaraMoraesVieira
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Kant

Para Kant, algo ético/uma ação ética é formada por três pilares: a ação universal, a ação desinteressada e a ação livre. Ação desinteressada é aquela capaz de resistir às tentações de nossa própria natureza, como nosso instinto egoísta (que pode se manifestar de várias maneiras – egoísmo, orgulho etc.). É ação que age somente pelo respeito à lei moral, que nossa capacidade racional pode conhecer, enfim, que age sem esperar nada em troca. Já uma ação universal é aquela que poderia ser válida para todos os seres racionais, uma ação que tem como base e também como fim o bem comum. A primeira está fortemente ligada às outras duas, as quais dependem da existência da liberdade, isto é, de liberdade de escolher fazer uma ação desinteressada bem como uma ação universal. Sendo assim, a ação livre, ou da liberdade, consiste em: a pessoa seguir o que é ético e fazê-lo por iniciativa própria/ por livre e espontânea vontade.

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Aristóteles

     A filosofia ética, afirma Aristóteles, estuda as ações humanas baseadas naquilo que é natural em cada ser humano, seu caráter. O caráter, para ele, é o temperamento, isto é, o modo como se temperam em cada um de nós os quatro elementos básicos (quente, frio, seco e úmido) e os quatro humores (sangue, fleuma, bílis amarela e bílis negra), de forma que um deles predomine sobre os demais. O temperamento dá origem a quatro tipos básicos de caráter: sanguíneo, fleumático, colérico e melancólico.

    A ética aristotélica ensina a viver de acordo com o caráter, a disposição natural de cada um. Não se trata, porém, de simplesmente agir de modo predeterminado; a ética implica uma ação racional, isto é, pensa da. Para Aristóteles, nós aprendemos a agir eticamente. Mas como isso seria possível? Segundo o filósofo grego, somos dotados de um apetite ou um desejo, isto é, de uma inclinação natural, para buscarmos o prazer e fugirmos da dor. O apetite é, porém, uma paixão (que para os gregos implicava passividade), o que se opõe à ação (atividade). A tarefa da ética é educar nosso apetite ou desejo para que evitemos o vício (para os gregos, a desmedida) e alcancemos a virtude (o equilíbrio), conquistada pelo exercício da prudência.

     Quanto mais refletirmos sobre a finalidade das nossas ações, mantendo-nos na direção das ações virtuosas – as quais, segundo Aristóteles, têm na felicidade o maior bem, por ter seu fim em si mesma –, quanto mais soubermos agir racionalmente, conduzindo nossos desejos para longe dos vícios, mais prudentes, melhores e felizes seremos.

     Para Aristóteles, a tarefa da ética é ensinar bons costumes, baseados no bom caráter. Ela, portanto, engloba a moral e vai além, uma vez que a moral apenas se ocupa das ações humanas segundo os costumes.

     Apesar disso, a ética não nega a importância do hábito. Não nascemos virtuosos ou viciosos por natureza. Adquirimos as virtudes éticas por meio de uma prática de vida, de exercícios contínuos; a tarefa da ética consiste em tornar essas práticas um hábito.

     Se é ruim agir apenas por hábito, isto é, irrefletidamente, transformar o agir de forma reflexiva em um hábito é uma importante tarefa ética. Tornamo-nos virtuosos quando buscamos agir sempre de modo racional e equilibrado, sem cairmos no excesso ou na falta. Agir de modo excessivo é um vício, assim como agir pouco ou deixar de agir.

     Mas, se a ética é uma ciência prática, uma ciência da ação humana, então qual é o objetivo dessa ação? Essa pergunta é respondida em uma das principais obras de Aristóteles sobre o tema: Ética a Nicômaco.

     Nela, o filósofo começa afirmando que todas as atividades humanas tendem a um bem; logo, a questão é saber qual é o “supremo bem”, aquele que está acima de todos os outros e do qual todos derivam. E sua resposta é que, na vida humana, o supremo bem é a felicidade. (GALLO, 2014)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GALLO, S. Filosofia: Experiência do pensamento. 1 e.d. São Paulo: Scipione, 2014. Cap.3. p.116-174.

Espero ter ajudado!

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