• Matéria: ENEM
  • Autor: pedrojuliaomelo
  • Perguntado 6 anos atrás

Iracema, romance escrito por José de Alencar, retrata a figura de uma índia (a qual dá nome ao livro) e seus costumes, os quais entram em conflito com os costumes do europeu. Ainda assim, Iracema é chamada e conhecida por “a virgem dos lábios de mel” o que remete à características do Romantismo que são:


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Respostas

respondido por: aninhald2907
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Resposta:

Iracema

Explicação:

constituição do indianismo como mito fundador nacional, embora de raízes europeias. A representação da mulher. O nível da construção linguística.

Se você é vestibulando, esses são os principais assuntos de estudo em Iracema, leitura obrigatória para o vestibular Fuvest 2018, na opinião do professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP Marcos Flamínio Peres.

Marcos Flamínio Peres é professor de Literatura Brasileira da USP – Foto: Arquivo pessoal

Iracema foi escrito em 1865 por José de Alencar (1829-1877) e conta a história de amor entre a indígena que dá nome à obra e o aventureiro português Martim. Iracema pertence ao povo tabajara e é a filha virgem do pajé. Martim é aliado dos pitiguaras, inimigos dos tabajaras, e está perdido em território inimigo. O encontro entre os dois dá início a um romance que serve de lenda para contar o surgimento do Estado do Ceará.

A obra é uma das mais famosas do Romantismo brasileiro e se insere numa tendência conhecida como indianismo. “O indianismo representa ao mesmo tempo um momento tanto de particularização quanto de universalização da literatura brasileira”, afirma o professor.

“Particularização”, explica Peres, “na medida em que o uso de vocábulos tupis e nomes como Peri, Ubirajara e Iracema, assim como a descrição de costumes das tribos indígenas que povoavam o território antes da chegada dos portugueses, acentuam a ideia de uma determinada nação.”

Já a universalização, argumenta o professor, faz parte de um movimento mais amplo de resgate das tradições locais, surgido na Alemanha da segunda metade do século 18. Lá, autores produziram mitos através da revalorização de igrejas góticas e de cavaleiros andantes, da Idade Média e mesmo de culturas consideradas “bárbaras”, como a escandinava ou escocesa.

“Tal movimento de valorização das tradições locais deve ser compreendido à luz da hegemonia histórica da língua e literatura francesas, que reivindicavam para si um caráter supostamente universal, ancorado nas mitologias greco-latinas”, diz Peres.

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