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A Indonésia tem as águas mais perigosas para navios internacionais segundo o relatório de uma organização de fiscalizaçao mundial.
Segundo a Agência Marítima Internacional (IMB, na sigla em inglês) ocorreram 44 ataques piratas em águas indonésias e mais nove no estreito de Molucca, próximo às águas do país.
O número representa 33,3% de todos os 171 incidentes de pirataria registrados no mundo pelo IMB nos seis primeiros meses deste ano.
O número de ataques aumentou cerca de 3,6%, comparando com o mesmo período de 2001. Além da Indonésia, a Índia, Bangladesh e o Mar Vermelho são outros pontos onde a pirataria é mais comum.
Somália
Os capitães de navios também receberam aviso da agência para ficarem pelo menos a 100 milhas de distância costa da Somália.
Segundo o Centro de Registros de Pirataria da IMB, se um navio passar pelo local é “quase certo” o ataque pirata de milícias armadas.
Nos seis primeiros meses de 2002, seis tripulantes de navios foram mortos em ataques, quatro deles em águas indonésias, segundo um relatório deste mesmo centro, cuja sede fica em Kuala Lumpur, na Malásia.
Outras 21 pessoas foram feridas e 23 membros de tripulação estão na lista de desaparecidos.
A maioria dos ataques piratas visa o roubo de cargueiros, levar as cargas de navios ou os pertences dos tripulantes.
Mas, no período entre janeiro e junho de 2002, 14 navios foram seqüestrados para a extorção de dinheiro dos proprietários destes navios. São dois seqüestros a mais do que foi registrado no mesmo período de 2001.
Armas
As armas preferidas dos piratas continuam sendo as facas, usadas em 57 dos ataques registrados. Armas de fogo foram usadas em 31 ataques.
Nos primeiros seis meses de 2001 também foram registrados 44 ataques piratas na Indonésia, como neste ano.
O número de incidentes registrou uma pequena queda na Índia – de 13 para 12 – e em Bangladesh – de 15 para 11.
A IMB disse que o aumento do número de patrulhas marítimas ajudou na queda dos números, mas as águas dessas regiões continuam perigosas.
Fora da Ásia, a área mais afetada pela pirataria é a Nigéria, com oito ataques registrados de janeiro a junho de 2002, comparados com os seis registrados no mesmo período de 2001.
A maioria dos ataques ocorreu em mar aberto, mas, perto da Somália também há o risco de ataques próximos à terra por causa das milícias armadas.
Segundo a agência, “piratas armados em lanchas rápidas abrem fogo contra os navios para roubá-los e seqüestrá-los”.
De acordo com a IMB, qualquer navio que diminui a velocidade ou para perto da costa da Somália, vai ser abordado por estes grupos.