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Jurema é um conjunto de beberagens feita com partes de árvores de mesmo nome. A jurema apresenta representações que variam em cada um dos espaços sociais, entretanto sempre se referenciando a uma força espiritual única, mesmo em sistemas onde não há bebida.[1] Era a bebida sagrada que os pajés indígenas faziam, servida em reuniões especiais. Após a colonização e até o século XIX beber jurema era sinônimo de feitiçaria ou prática de magia, sendo que muitos índios e caboclos foram presos acusados de praticarem o "adjunto da jurema". Clarice Mota postula a existência de um complexo da jurema como um grupo de representações que não apenas incluem plantas de nome Jurema, mas as concepções existentes em torno delas, sendo uma demonstração das misturas culturais que ocorrem no país, de forma que a Jurema possui muitas faces
Jurema é um conjunto de beberagens feita com partes de árvores de mangueira.
Para entender o efeito da jurema não basta apenas analisar a composição molecular e compará-la com as denominadas drogas alucinógenas, é necessário situar-se no contexto de expectativas e formas de uso da substância, ou seja, os mitos ou crenças a seu respeito.
Não há dúvidas, porém, por semelhança dos relatos de seu efeito, da identificação deste com as descrições de possessão divina e êxtase religioso e o efeito psicodélico de manifestação de divindade, como sugere o nome enteógeno em sua classificação mais recente. A Jurema-preta possui em sua composição um dos mais potentes ecodélicos, a Dimetiltriptamina, substância também produzida pelo corpo humano em situações de nascimento, morte, quase-morte, contatos místicos espontâneos, profecias e sonhos, necessária ao funcionamento normal do corpo humano.