Os livros eram também compartilhados em grupos de leitura, que, como no mundo rural, juntavam letrados e iletrados. O cenário, entretanto, não era a tradicional veillée de inverno, já que, fora dos ofícios de construção, muitos artesãos trabalhavam até as oito ou dez horas da noite, à luz de velas se necessário, inverno e verão. Reuniões familiares e de amigos para cantar, jogar cartas, contar histórias e talvez ler ocorriam mais provavelmente em ocasiões de festa. Alguns livros eram editados para ser lidos em voz alta ou consultados na loja, como os livros de padrões de desenho têxtil [...]. DAVIS, Natalie Zemon. Cultura dos povos: sociedade e cultura no início da França moderna. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 175. O texto acima trata da história da leitura e da circulação de livros na França, no século XVI. Com base nas considerações da autora, é incorreto afirmar que: A O ato da leitura entre os artesãos, mesmo com o advento da imprensa, dependia de reuniões que juntavam os que sabiam e os que não sabiam ler. B O cenário de leitura privilegiado não era a tradicional “veillée” de inverno. C Os artesãos, com o advento da imprensa, dado que o livro passou a ser disponível a grande parcela da população, fizeram da leitura um ato estritamente individual e tradicional. D Em dias de festas, quando os artesãos reuniam suas famílias, o ato da leitura passou a se propagar, pois ler se tornou parte dos momentos de deleite. E Grupos de leitura, festas, edições especiais, livros para ser lidos em voz alta, traduziram-se em “espaços” pouco tradicionais de propagação do ato de ler.
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Resposta: Letra C
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