• Matéria: Filosofia
  • Autor: fdanielly144
  • Perguntado 6 anos atrás

Escreva três oposições entre mito e logos.

Respostas

respondido por: mariaclaram089p8f7pz
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Resposta:

Explicação:

MITOS E LOGOS: UMA SUPERAÇÃO

OU UMA OPOSIÇÃO RADICAL?

JUSSEMAR WEISS GONÇALVES*

Compreender a emergência do logos no pensamento grego é o

objetivo deste artigo. Como se instala, que processo o compõe, como se

relaciona como o pensamento mitológico. Se existe um diálogo com o

mito ou não. Em suma, embora não esgotando o assunto, o artigo quer

trazer à baila a relação que nos meados do século XVII o mito começa a

travar com essa forma nova de ver e dizer o mundo, ou seja, uma nova

forma de pensar.

Para fazer a nossa análise utilizaremos o conceito de dispersão,

que nos ajuda a compreender aquele fenômeno de espalhamento, de

diversificação da cultura grega no Mediterrâneo. Essa dispersão brota

de um processo longo de crises, nas quais o social, os pensamentos, o

econômico, passam por uma verdadeira mutação. Na Ásia menor, uma

nova forma de compreender a natureza. Na Magna Grécia surgem os

primeiros legisladores. Enfim, mudanças que caracterizam um período

repleto de significações e cujos resultados são sínteses temporárias. A

nosso ver, o conceito de dispersão nos ajuda a compreender a síntese

como emergência do novo a partir de uma superação, como também

nos anuncia que essa síntese é sempre temporária, ou seja, sujeita às

novas elaborações.  Também achamos importante dizer o que estamos

tratando por história, já que, na história do mito, é evidente certa

compreensão do mesmo de cunho evolucionista com claras implicações

para interpretação histórica.

A história, ou melhor, uma determinada concepção, tem se

caracterizado por ver o passado como uma linha reta com descidas e

subidas, com auges e decadências; dito de outra forma, uma seqüência

linear de acontecimentos. Sejamos claros: o passado não existe

enquanto realidade; é uma recriação. Interpretação que se define pela

forma de o autor, o historiador, ordenar seus dados, entre outras coisas.

Nessa ordenação, na qual o passado é colocado de forma contínua, o acontecimento perde sua significação, em favor da projeção do autor.

Ele busca recriar o passado, trazê-lo à tona qual barco submerso,

pretendendo mostrar a sua vivacidade1

. Essa visão marca a

compreensão da história como realização do devir. Essa postura

transforma a interpretação na própria realidade e busca uma relação

unidimensional, causal, esquecendo a diversidade na construção dos

acontecimentos. Nessa forma de pensar a história, o que está em jogo é

descobrir a origem, o princípio. Uma pesquisa sobre a origem pretende

encontrar a essência exata das coisas. Sua forma imóvel e anterior a

tudo o que é externo, acidental e sucessivo2

. Dessa forma, não há

transitoriedade, mas uma síntese que se pretende duradoura e que

traça uma continuidade evolucionista, finalista, que cria desdobramento

meta-histórico.

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