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Trabalho realizado com dedicação nos pontos mais distantes do Brasil representa o compromisso com a população mais vulneráveldificuldades. Situações que já são difíceis de lidar na cidade ficam ainda mais desafiadoras, como as enfrentadas por Tatiane Ferreira. Ela precisou de ajuda logo após uma cesárea, com um filho doente e a família passando fome. Foi nesse contexto de fragilidade física e emocional que a equipe itinerante de Assistência Social do município de Muaná, no Pará, encontrou a moradora. Após muita dedicação e trabalho, os profissionais vão contornando as adversidades e resgatando a cidadania e os direitos dessa família ribeirinha.
A história começa às margens do Rio Jaratuba, região do Alto Atuá, na Ilha de Marajó. Tatiane morava com o marido, Hélio dos Santos, e os dois filhos, um deles recém-nascido, em uma “casa de farinha”, espaço utilizado para o processamento da raiz da mandioca, inapropriado para moradia. O local ficava a seis horas de barco do centro da cidade. Com a saúde fragilizada pela cesariana e em meio à entressafra do açaí e do palmito na região, a fome bateu à porta da família. “É muito triste ver uma pessoa passar fome, principalmente uma criança que chora”, relata a mãe.
As faltas do filho mais velho às aulas por causa das crises de asma e pela dificuldade de chegar até à escola geraram um descumprimento de condicionalidade do programa Bolsa Família na área de Educação. Por isso, o cartão do benefício foi bloqueado. “Não tinha dinheiro para ir a lugar nenhum, aí fiquei esperando a sorte para tentar desbloquear”, conta ela. Foi quando, de barco, a assistência chegou.