• Matéria: Filosofia
  • Autor: vitorialaurel69
  • Perguntado 6 anos atrás

O botão desaparece no desabrochar da flor, e pode-se dizer que é refutado pela flor. Igualmente, a flor se explica por meio do fruto como um falso existir da planta, e o fruto surge em lugar da flor como verdade da planta. Essas formas não apenas se distinguem mas se repetem como incompatíveis entre si. Mas a sua natureza fluida as torna, ao mesmo tempo, momentos da unidade orgânica na qual não somente não entram em conflito, mas uma existe tão necessariamente quanto a outra; e é essa igual necessidade que unicamente constitui a vida do todo.”

HEGEL, G.W. Fenomenologia do Espírito. P.6.

1. Hegel quer captar em sua filosofia o movimento da realidade. Assim como um botão precisa desaparecer para que a flor surja, e a flor desaparece para que surja o fruto, da mesma forma, todas as coisas passam por um processo dinâmico de transformações que leva a um apanhado superior. Esse desenvolvimento denominado dialético, é formado por: *

1 ponto

a) Objetivo, subjetivo e absoluto.

b) Tese, antítese e síntese.

c) Tese, subjetivismo e espiral.

d) Antítese, sujeito e espiral.

e) Síntese, juízos e botão

Respostas

respondido por: agiovana18
64

Resposta:

1. b) Tese, antítese e síntese.

2.d) I e III.

I. a razão governa o mundo e, portanto, a história universal é um processo racional.

III. no processo histórico, o pensar está subordinado ao real existente.

Explicação:

Está correto no Google Classroom

respondido por: AnthonioJorge
0

O desenvolvimento dialético descrito por Hegel se ocupa da trinca formada por tese-antítese-síntese. Logo, a alternativa B é a correta.

A índole do processo dialético é que a verdade sempre está no movimento seguinte

O ser que dá inicio à filosofia é o ser puro, o ser absoluto (tese). O ser é indefinível, porque o definido teria de entrar na definição; contudo, pode-se dizer algumas coisas sobre ele: é o imediato indeterminado. Simplesmente é, não é isso ou aquilo. Esse ser não tem nada que possa diferenciá-lo do que não seja ele. É a pura indeterminação e vacuidade. Se tentamos intuir ou pensar o ser, não intuímos nada. Quando vou pensar o ser, o que penso é nada (antítese). Portanto, do ser se passa ao nada, sua antítese. É o próprio ser que passa, não eu. O ser, de fato, é nada: nada mais e nada menos que nada.

Mas que é o nada? É a perfeita vacuidade, ausência de determinação e conteúdo, incapacidade de ser separado de si mesmo. Pensar ou intuir o nada é isto. Intuir o nada é o puro pensar, o puro intuir. O ser puro e o nada puro são uma única e mesma coisa. E não podemos permanecer em nenhum dos dois. O que quer dizer isso? Bom, vimos que a maneira de ser do “ser” é a de deixar de ser “ser” e passar a ser “nada”; e vice-versa. A verdade é que o ser passou ao nada e o nada passou ao ser. Isso é o devir (síntese).

Na dialética, a verdade de cada estágio está na seguinte: a verdade do ser estava no nada, e a do nada, no devir. O ser e o nada se excluem em uma síntese superior, numa unidade. A contrariedade transcorre numa unidade, dizia Aristóteles.

Mais tarde, Karl Marx, por influência de Hegel, utilizará a técnica da dialética hegeliana para descrever o movimento econômico da história, materializando, contudo, a dialética histórica, deixando conceitos metafísicos hegelianos de lado em favor de uma dialética que produza uma síntese imanente, capaz, na teoria, de ser alcançada no mundo material.

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