• Matéria: Geografia
  • Autor: RafaelMachadoRibeiro
  • Perguntado 6 anos atrás

1)Porque as populações tradicionais ajudam na preservação da Floresta Amazônica?*

2Os grandes projetos de infraestrutura podem afetar a vida das populações tradicionais, como os povos da floresta e os indígenas? Explique *

Respostas

respondido por: welitoncesar123figue
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Resposta:

1)comunidades tradicionais e os povos indígenas vêm desempenhando um papel fundamental no sentido de evitar emissões de gases de efeito estufa por meio do desmatamento em seus territórios. As áreas protegidas (AP) na Amazônia Brasileira onde vivem os povos das florestas: terras indígenas (TI), reservas extrativistas (RESEX) e reservas de desenvolvimento sustentável (RDS) somam 128,5 milhões de hectares, isto é, 65% do total das áreas protegidas (quase 7 milhões de hectares são áreas de sobreposição entre os diferentes tipos de Áreas Protegidas, os quais não estão representadas no gráfico abaixo). Estas grandes áreas não só atuam como grandes obstáculos ao avanço do desmatamento, como possuem efeito inibidor regional, ou seja, contribuem com a redução do desmatamento fora dos seus limites, sobretudo quando se considera distâncias de até 10 km. Consequentemente, evitam significativamente as emissões potenciais associadas de gases de efeito estufa.

Explicação:

2)O reconhecimento de que é possível conciliar modos de vida de Povos e Comunidades Tradicionais (PCTs) com a conservação da biodiversidade desencadeou a criação de dispositivos legais em favor da permanência desses sujeitos em suas terras. Contudo, as áreas protegidas seguem sendo espaços em disputa, nos quais se projetam os interesses sociais pelo território, como meio de produção material e imaterial da vida, os interesses que visam destinar esses espaços exclusivamente à proteção ambiental e os interesses de mercado, que permeiam muitas das práticas incentivadas em Unidades de Conservação. Neste artigo, apresento os contornos que esses conflitos assumem na Floresta Nacional do Tapajós (Flona Tapajós), onde o “direito de ficar” impôs condicionalidades à população, isto é, restrições de uso e a introdução de novas práticas que têm modificado as relações comunitárias e as dinâmicas socioeconômicas do lugar.

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