1) O conceito representação na filosofia de Schopenhauer significa: *
1 ponto
a) a forma que o homem se espelha no mundo, vejo aquilo que quero ver, ouço aquilo que quero ouvir.
b) a forma que o homem se relaciona com o mundo, utilizando-se de valores e moral.
c) a forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto.
d) essência do mundo, solução para o enigma do universo.
e) essência do mundo, a coisa em si que Kant tanto problematiza.
2) De acordo com a filosofia de Schopenhauer, a vontade se manifesta no ser humano a partir: *
1 ponto
a) de seu querer consciente do mundo.
b) de seu desejo de reprodução e seu instinto de sobrevivência.
c) de sua consciência imanente de si mesmo e do mundo.
d) da sua autopreservação, desvinculada da espécie.
e) da sua autopreservação e a morte de todos os membros de sua espécie, pois a vontade se manifesta enquanto luta de todos contra todos.
Respostas
Resposta: 1) C- a forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto.
2) B- de seu desejo de reprodução e seu instinto de sobrevivência.
Explicação: CUIDADO GENTE O PROFESSOR PODE TER MUDADO A ORDEM DAS ALTERNATIVAS LEIA COM ATENÇÃO (MUITO OBRIGADO ESSA SEMANA BATI 1,6K DE AGRADECIMENTO VCS SÃO TOPS, VLW CACHORRO É NOIS ❤❤❤❤
1) Para Arthur Schopenhauer, "representação" significai a forma que o homem é capaz de representar o mundo por intermédio de seus sentidos e intelecto. Logo, a alternativa C é a correta.
2) A vontade, para Schopenhauer é desejo de reprodução e instinto de sobrevivência. Logo, a alternativa B é a correta.
Em O Mundo como Vontade e Representação, de 1818, Schopenhauer associa a vontade com a "coisa em si" kantiana, deixando à representação a associação como o "mundo fenômenico" kantiano.
Considerando-se o herdeiro legítimo da filosofia kantiana, Schopenhauer vê o mundo como representação como aquele que é o mundo dos fenômenos. O mundo inteiro nada mais é do que objeto em relação com o sujeito, a percepção que se dá pelo espirito que percebe, em suma, representação. O mundo é representação minha. E a representação tem duas metades essenciais, necessárias e inseparáveis: objeto e sujeito.
Seguindo Kant, afirma Schopenhauer que tempo e espaço são formas a priori da representação. Schopenhauer, contudo, vai reduzir as doze categorias de Kant a uma só: a causalidade. Esse é um fator importante: significa que a ação causal do objeto sobre outros objetos é toda a realidade do objeto. A realidade da matéria se exaure em sua causalidade.
E o que é determinado pelo principio da causalidade, para Schopenhauer, é sucessão no tempo em relação a espaço determinado e presença em lugar em relação a determinado tempo. Em suma, a causalidade conjuga o espaço com o tempo. Para Schopenhauer, são a necessidade física, lógica, matemática e moral que estruturam rigidamente todo o mundo da representação.
Esse mundo da representação é o mundo do fenômeno – mas, diferentemente de Kant, esse mundo do fenômeno é ILUSÃO E APARENCIA, aquilo que na filosofia hindu chama-se “véu de Maia”, que cobre a face das coisas. Para Kant, o fenômeno é a única realidade cognoscível, mas, para Schopenhauer o fenômeno é a ilusão que envolve a realidade das coisas em sua essência primigênia e autentica. E nós podemos alcançar essa essência, esse mundo numênico, que para Kant era impossível.
Este mundo numênico é a coisa em si kantiana que, em Schopenhauer, se transforma na noção de vontade. Vontade de viver é um pleonasmo para Schpenhauer, porque vontade é energia, força, ímpeto cego, imanente, brutal, atividade que está em tudo. O corpo, por exemplo, quando objetivamente percebido, está no mundo da representação (tempo, espaço, causalidade). Mas, quando é imediatamente conhecido (objetividade da vontade):
- A coisa em si deve ser explicada não pelo fenômeno, processo que deveria sempre fracassar, mas ao contrário: é por ti mesmo que deves compreender a natureza, e não pela natureza é que te deves compreender. Este é o meu principio revolucionário.
Por isso, afirma ainda Schopenhauer:
- nossa vontade nos fornece a única ocasião que temos para chegar à inteligência intima de um processo que se desenrola em nós de maneira objetiva.
Deste modo, o intelecto deixa de ter a potencia de Kant para ser uma sentinela avançada para ver o que é útil ou inútil para a conservação do individuo. O conhecimento do intelecto é, portanto, interessado.
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2) B- de seu desejo de reprodução e seu instinto de sobrevivência.