Converse com seus pais ou responsáveis e relate na forma de um texto dissertativo, o que eles entendem sobre
"Preconceito: Qual a sua origem?”.
Respostas
Resposta: Não existe uma só pessoa no mundo que deseje viver com preconceitos. Apesar de não os buscar, não conseguimos nos livrar deles. Os preconceitos representam uma categoria de pensamentos com expressão marcante em nossa vida diária, que praticamos habitualmente, mesmo sem ter consciência disto. Por mais que fujamos deles, estão mais ligados a nós do que a nossa própria sombra.
Pelo fato de nossa vida cotidiana necessitar de respostas imediatas e práticas, de estar firmada em motivações para o momento, e de não dispor de muito tempo para raciocínios, temos por hábito rotular tudo e todos, associando-os com uma marca (estigma) de fácil identificação. Desta forma, o nosso dia-a-dia torna-se um terreno fértil para a produção de todo tipo de julgamentos pré-formados, ou seja, de uma vida de preconceitos.
Assim, rotula-se uma pessoa de fria, imatura, infiel, grosseira ou também de adjetivos positivos, sem mesmo conhecê-la, baseando-se apenas no que alguém lhe contou. No meio cristão este hábito é muito comum, gerando comentários (principalmente negativos) sobre igrejas, servos de Deus, ou modelos práticos, com base muitas vezes em boatos, que vieram de fontes talvez desconhecidas, mas que são divulgados assim mesmo.
O segundo é a generalização, onde a partir de uma experiência individual e isolada, chegamos a opiniões preconcebidas, nas quais achamos que o mesmo fato se repetirá todas as vezes que acontecer algo semelhante. Em minha profissão, como médico veterinário, observo muito isto. Por exemplo, alguém tem um animal de determinada raça que adoece com facilidade e talvez até morra de um defeito cardíaco.
A partir daí, a pessoa acha que todos os animais daquela raça não são bons, pois morrem de doença cardíaca. Ou então, o caso de um homem que vai a um barbeiro, que é descendente de espanhóis, e que não faz um bom trabalho em seu cabelo. A partir deste fato, ele acha que todos os descendentes de espanhóis são péssimos barbeiros.
Este comportamento se estende além da vida cotidiana, alcançando as decisões morais, religiosas, profissionais e políticas, absorvendo o indivíduo completamente. Tanto o conformismo quanto a generalização produzem regras de comportamento, que podem ser modificadas se aplicarmos a experiência, o pensamento, a análise e a ponderação dos fatos, mas quase nunca estamos dispostos a aplicar este método para a elaboração de nossas convicções pessoais. A não correção deste pensamento conformista e generalizador gera o preconceito, expresso por uma visão, opinião ou certeza distorcida sobre um fato.
Quando o preconceito é baseado na confiança, no saber ou no pensamento, tende a desaparecer rapidamente, pois com o conhecimento equilibrado dos fatos, concluímos que estávamos baseados em posições extremadas e na consideração de apenas uma parte da verdade. Porém, geralmente não é fácil para a própria pessoa determinar se um juízo ou um comportamento está ligado à fé, ou à confiança.
O preconceituoso dificilmente é capaz de corrigir o seu ponto de vista pré-estabelecido ou investigar acerca da profundidade da integração destes indivíduos com os rótulos que receberam.
Uma reserva emocional importante na questão de preconceito, que sempre aparece no caso da fé, é o par de sentimentos amor-ódio. O nosso ódio é dirigido àquilo ou àqueles que acreditamos fazerem parte do lado mal, e que por isso são nocivos, e também aos que não creem da mesma forma que nós (intolerância). Este sentimento divide os preconceitos em positivos e negativos.
No que se aplica a nós, positivos (auto justificação) e “aos demais”, negativos. Os preconceitos negativos se expressam na forma de ressentimentos, de raciocínios e de comportamentos (discriminação, tortura física, extermínio). Acreditamos que este “mal” precisa ser destruído e, como hoje não se queimam mais as bruxas nas fogueiras da inquisição, nos afastamos delas. Muitas divisões e quebras de relacionamentos têm este sentimento como base.
A pessoa predisposta ao preconceito estabelece rótulos para tudo e todos, enquadrando-os em grupos definidos. O preconceituoso dificilmente é capaz de corrigir o seu ponto de vista pré-estabelecido ou investigar acerca da profundidade da integração destes indivíduos com os rótulos que receberam. Uma vez estabelecido um preconceito contra um indivíduo ou classe, o preconceituoso passa a não mais observar as qualidades do objeto rotulado.
Todo homem, em maior ou menor intensidade, tem preconceitos. Devemos, contudo, avaliar a que se destinam estes preconceitos, qual a sua intensidade, se são mais ou menos perigosos, para que possam ser, de forma correta, questionados e levados ao desaparecimento.
Explicação: Bons Estudos!