• Matéria: Filosofia
  • Autor: iracyprocopio191
  • Perguntado 6 anos atrás

No ethos (ética), está presente a
razão profunda da physis
(natureza) que se manifesta no
finalismo do bem. Por outro lado,
ele rompe a sucessão do mesmo
que caracteriza a physis como
dominio da necessidade, com o
advento do diferente no espaço da
liberdade aberto pela práxis.
Embora, enquanto
autodeterminação da praxis, o
ethos se eleve sobre a physis, ele
reinstaura, de alguma maneira, a
necessidade de a natureza fixar-se
na constância do hábito. (Adaptado
de: VAZ, Henrique C. Lima. Escritos
de Filosofia II. Ética e Cultura. 3a
edição. São Paulo: Loyola. Coleção
Filosofia - 8, 2000, p. 11-12). Com
base no texto, é correto afirmar
que a noção de physis, tal como
empregada por Aristóteles,
compreende:
*
(A)A ordem da natureza, que determina o
hábito das ações humanas,
A razão matemática, que assegura ordem a
natureza

(B)A finalidade ordenadora, que é inerente a
própria natureza

(C)A origem da virtude articulada, segundo a
necessidade da natureza

(D)A disposição da ação humana, que ordena
a natureza​

Respostas

respondido por: taiianecampos
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Resposta: B - A finalidade ordenadora, que é inerente à própria natureza.

Explicação:Incorreta: A physis não ordena a ação humana. Apesar de o homem manter-se integrado à natureza, não decorre dela o princípio orientador das ações humanas. A reflexão que convém à ação humana projeta no domínio do ethos a ordem que se vê estampada no cosmos, sem que este constitua o determinante para justificar a ordem que se busca no plano da práxis.

b) Correta: A physis, natureza, contempla um telos (fim) inerente que, de forma imanente, assegura o próprio movimento ordenador da natureza. Decorre da natureza uma estrutura ordenadora que lhe é imanente, portanto, a mesma a

cintilar o sentido de cosmos (todo ordenado).

c) Incorreta: O hábito é determinado pela repetição constante das ações, pela maneira habitual de agir. Não decorre que a physis, no plano da práxis, seja fator decisivo para determinar o hábito. Aquilo que compete à influência da physis no âmbito do agir humano revela-se enquanto determinismo e não como hábito.

d) Incorreta: A virtude, arete, não é determinada pela physis. Aristóteles deixa bastante manifesto que a virtude, no sentido ético, é decorrência do hábito e não da influência da dimensão ordenadora da natureza. Da physis preservase o telos como algo passível de ser acoplado à ação, que tece pela repetição dos atos, a virtude, a excelência do ato.

e) Incorreta: Não consta em Aristóteles que a matemática configure elemento determinante ou indispensável para atribuir o sentido de ordem da natureza. O registro de ordem da natureza foi expresso por autores outros, como manifestação do número matemático e das formas geométricas. Contudo, o sentido de physis e sua ordenação teleológica, tal como empregado por Aristóteles, não necessariamente remetem à matemática.

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