• Matéria: Português
  • Autor: kauanealessandra964
  • Perguntado 6 anos atrás

Se o índio fosse escrever uma carta ao cacique da sua tribo informando ele a chegada de estranhos (os portugueses), O que você acha que ele contaria na carta? a partir dessa colocação Escreva uma carta imaginando o que o índio contaria sobre a chegada dos portugueses.
A carta deve ser escrita contendo as características do gênero (local, data, saudação, texto, despedida) e ter pelo menos 30 linhas.​

Respostas

respondido por: martinsdiana422
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Resposta:

Pedimos, de uma vez por todas, para decretar nossa dizimação e extinção total, além de enviar vários tratores para cavar um grande buraco para jogar e enterrar os nossos corpos. Esse é nosso pedido aos juízes federais. Decretem a nossa morte coletiva Guarani e Kaiowá de PyelitoKue / Mbarakay e enterrem-nos aqui (Kaiowá, 2012).

As palavras finais da carta do povo indígena Guarani Kaiowá, das comunidades PyelitoKue/Mbarakay, presentes na epígrafe acima e publicadas pelo CIMI (Conselho Indigenista Missionário), em outubro de 2012, provocaram comoção e impacto nas redes sociais do Brasil. Diante do clamor dos indígenas, um sem número de usuários do facebook manifestaram apoio aos Kaiowá acoplando, em seus rostos/ perfis de identificação, a mensagem Eu sou Guarani-Kaiowá. A carta dos Kaiowá e o ato dos não-indígenas, além de ampla análise por pesquisadores, antropólogos e jornalistas como gesto de solidariedade política e espiritual aos indígenas, provocaram grande repercussão internacional, o que fez com que a situação das disputas de terras indígenas voltasse a ser pauta principal da mídia brasileira no período.

No artigo A Carta Guarani Kaiowá e o direito a uma literatura com terra e das gentes, Marília Librandi (2014) propôs a inclusão da Carta dos Kaiowá no âmbito da literatura contemporânea produzida no Brasil, considerando, entre outras questões, que a posse das terras Guarani Kaiowá “não deveria, pois, estar dissociada do abrigo do terreno literário, sobretudo porque na cosmovisão Guarani, terra e palavra e alma não estão dissociadas” (Librandi, 2014: 168). Junto aos desafios que essa proposta implicaria às historiografias literárias, a autora também defendeu a carta como documento político e cultural e ressaltou como esse tipo de escrita deveria ser componente da história recente do Povo Brasileiro.


martinsdiana422: se quiser vc pode escrever menos
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