• Matéria: História
  • Autor: kongcraftls
  • Perguntado 6 anos atrás

Qual foi o ponto de partida de Lutero? E o que ela evidenciava?

Respostas

respondido por: pauloanderline2004
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Resposta:Martinho Lutero, em alemão: Martin Luther (Eisleben, 10 de novembro de 1483 — Eisleben, 18 de fevereiro de 1546), foi um monge agostiniano e professor de teologia germânico que tornou-se uma das figuras centrais da Reforma Protestante. Levantou-se veementemente contra diversos dogmas do catolicismo romano, contestando sobretudo a doutrina de que o perdão de Deus poderia ser adquirido pelo comércio das indulgências. Essa discordância inicial resultou na publicação de suas famosas 95 Teses em 1517, em um contexto de conflito aberto contra o vendedor de indulgências Johann Tetzel. Sua recusa em retratar-se de seus escritos, a pedido do Papa Leão X em 1520 e do imperador Carlos V na Dieta de Worms em 1521, resultou em sua excomunhão da Igreja Romana e em sua condenação como um fora-da-lei pelo imperador do Sacro Império Romano Germânico.

Lutero propôs, com base em sua interpretação das Sagradas Escrituras, especialmente da Epístola de Paulo aos Romanos, que a salvação não poderia ser alcançada pelas boas obras ou por quaisquer méritos humanos, mas tão somente pela fé em Cristo Jesus (sola fide), único salvador dos homens, sendo gratuitamente oferecida por Deus aos homens. Sua teologia desafiou a infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas as Escrituras (sola scriptura) seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus.[1] Opôs-se ao sacerdotalismo romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por considerar todos os cristãos batizados como sacerdotes e santos.[2] Aqueles que se identificaram com os ensinamentos de Lutero acabaram sendo chamados de luteranos.

Além disso, como propõe seu biógrafo Eric Metaxas, Lutero estabeleceu as bases para a separação entre a Igreja e o Estado, conforme cita:

"Foi ali, perante o Sacro Imperador Romano Carlos V em um impressionante conjunto de nobres germânicos – e, talvez mais importante, perante o representante papal, Thomas Cajetan – que Lutero tomou sua implacável posição e fez a declaração pela qual ele imediatamente saltou do cosmos medieval para dentro do moderno. Que ele deixou claro que temia o julgamento de Deus mais do que o das figura poderosas naquela sala, ele eletrificou o mundo. Como alguém, quanto menos um simples monge, se atrevia a implicar que pudesse haver qualquer diferença entre eles? Desde tempos imemoriais, aqueles homens falavam por Deus e pelo Estado. Mas Lutero os deasfiou, humilde mas assertivamente, em um momento divisor de águas na história do mundo."[3]

Em seus últimos anos, Lutero mostrou-se radical em suas propostas contrárias aos judeus alemães, tendo sido inclusive considerado posteriormente um antissemita. Essas e outras de suas afirmações fizeram de Lutero uma figura bastante controversa entre muitos historiadores e estudiosos.[4] Além disso, muito do que foi escrito a seu respeito sofre da reconhecida parcialidade resultante de paixões religiosas.

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