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Marina Colasanti nasceu em 26 de setembro de 1937, na cidade de Asmara, capital da Eritreia. Passou parte da infância em Trípoli, na Líbia, e também na Itália. Em razão da difícil situação vivida na Europa após a Segunda Guerra Mundial, Colasanti e sua família emigram para o Brasil em 1948, fixando residência no Rio de Janeiro. A sua mãe faleceu aos 40 anos quando Marina tinha 16 anos.
Nascida numa família de artistas, neta de um professor de uma escola de artes, crítico de arte e escritor, filha de Manfredo Colasanti e irmã de Arduino Colasanti, ambos atores, e sobrinha-neta de Gabriella Besanzoni, cantora lírica, Colasanti esteve sempre cercada por arte. Durante os anos de 1952 e 1956, estudou pintura com Caterina Baratelli, e em 1956 entra para a Escola Nacional de Belas Artes, na cadeira de Professorado de Desenho. A sua formação como artista plástica possibilitou que ela mesma pudesse, mais tarde, ilustrar suas obras.
Em 1962, começou a trabalhar como jornalista no Jornal do Brasil, onde trabalhou por 11 anos e em diversas funções: redatora, repórter, editora, colunista e cronista. Depois, foi trabalhar na editora Abril, na Revista Nova, onde passou 18 anos, mas paralelamente foi publicando seus livros. Em 1968, publicou seu livro de estreia Eu Sozinha.
Traduziu importantes textos da Literatura italiana. Como escritora, publicou mais de 70 livros, entre contos, poesia, prosa, literatura infantil e infanto-juvenil.
Conhecida por seus livros infantis, Colasanti já recebeu dezenas de prêmios literários, como o Jabuti em 1993, 1994, 1997, 2009, 2010, 2011 e, em 2014, venceu o prêmio na categoria Livro do Ano de Ficção. Seu livro de contos Uma Ideia Toda Azul recebeu o prêmio O Melhor para o Jovem, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil. Em 2010, recebeu o Prêmio Jabuti pelo livro Passageira em trânsito. Em 2017, ela recebeu o 13º Prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil.
A escritora se declara feminista histórica, fez parte do primeiro Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e durante 20 anos atuou com temas ligados ao feminino no mundo, trabalho do qual resultaram quatro livros. É casada com o também escritor Affonso Romano de Sant'Anna.