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Resposta:Um dos maiores exemplos de lutas entre diferentes grupos étnicos foi entre hutus e tutsis em Ruanda. Até a Primeira Guerra Mundial essa região pertencia à África Oriental Alemã. Em 1919, após a derrota dos alemães na guerra, os belgas assumiram o controle do território.
Durante o processo de colonização da Bélgica, os tutsis correspondiam a aproximadamente 15% da população de Ruanda. Mesmo sendo minoria, eles foram escolhidos pelo poder colonial para governar o país pelo fato de terem a cor da pele mais clara, o nariz mais fino e por serem mais altos. A maioria hutu (85%) ficou excluída do processo socioeconômico do país.
Porém, em 1959, os hutus se revoltaram com a condição em que estavam e assumiram o poder do país em 1961, nesse mesmo ano Ruanda adquiriu status de República, e, no ano seguinte, a Bélgica reconheceu sua independência e retirou suas tropas do país.
Nesse momento iniciou-se a perseguição aos tutsis, em 1963, tutsis exilados no Burundi organizaram um exército e voltaram para Ruanda, porém, foram massacrados pelos hutus. Outros massacres aconteceram até que, em 1973, através de um golpe de estado, o coronel Juvénal Habyarimana, de etnia hutu, assumiu a presidência do país. Os conflitos cessaram durante 20 anos.
Em abril de 1994, retornando de uma conferência na Tanzânia, os presidentes hutus de Ruanda e Burundi foram vítimas de um acidente aéreo. A morte desses líderes desencadeou a volta dos massacres.
Em Ruanda, estima-se que 13% da população tenha morrido no genocídio promovido em 1994 pelos hutus, sendo 90% desse total da minoria tutsi, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Ao abordar o processo de descolonização dos países africanos e os conflitos étnicos no continente, a história de Ruanda pode ser utilizada como exemplo. Para que a aula se torne mais atrativa é interessante utilizar o filme Hotel Ruanda (encontrado em DVD).
Hotel Ruanda é um filme baseado na história real de Paul Rusesabagia, gerente de um hotel de uma empresa belga em Kigali, capital da Ruanda. Paul Rusesabagia pertence ao grupo étnico hutu, e em 1994, durante perseguição aos tutsis, Rusesabagia abrigou 1.200 tutsis no Hotel Ruanda, local em que trabalhava.
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