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Sua paixão pela fotografia o tornou fotojornalista. Na década de 1970, passou por duas grandes agências, Sygma e a Gamma. Em 1979 entra para a Magnum, a qual o enviou para a capital americana, Washington. Lá, cobriu um fato que mudou a sua vida completamente: documentou o atentado ao presidente Ronald Reagan em março de 1981. As fotos foram vendidas para jornais do mundo inteiro. Com o dinheiro conseguiu financiar seu primeiro projeto pessoal na África.
Sebastião Salgado é o tipo de fotógrafo que vai além do imaginado. Consegue nos levar aos lugares mais remotos do mundo, nos apresenta personagens reais que nunca imaginamos que existiriam. Ele não faz arte, mas, mágica com as lentes. Para quem tiver interesse de conhecer mais de perto esse brilhante fotógrafo.
O trabalho de Salgado tem o mérito de levar a discussão sobre o que vendo ou não, muitos não querem enxergar. Isto é, a obra de Salgado traz a dor daqueles que sofrem com a guerra, o descaso daqueles que a provocam, o efeito devastador da fome, do trabalho indígno, da falta de oportunidade para sobreviver. Isto significa que, profunda ou não, o valor de suas obras, cientificamente falando, está no fato de encontrar uma nova forma para discutir questões de forma a conscientizar pela emoção, aqueles que não são tocados por números, gráficos e palestras. Mesmo que o assunto perca seu ar de novidade, a iniciativa de colocá-lo em pauta é válida.
Do ponto de vista artístico é impossível não ter reação nenhuma diante de uma foto de Sebastião Salgado. Sebastião consegue captar com sua lente a indignação que qualquer olho humano com o mínimo de sensibilidade emocional captaria no exato momento em que fotografa, e é este detalhe que faz seu trabalho provocar o efeito artístico de forma que, da própria expressão emocional, o artista provoque a emoção no outro.