• Matéria: Filosofia
  • Autor: supernatural671k
  • Perguntado 6 anos atrás

Leia este trecho: “Suporei, pois, que há não um verdadeiro Deus, que é a soberana fonte da verdade, mas certo gênio maligno, não menos ardiloso e enganador do que poderoso, que empregou toda a sua indústria em enganar-me. Pensarei que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas as coisas exteriores que vemos são apenas ilusões e enganos de que ele se serve para surpreender minha credulidade. Considerar-me-ei a mim mesmo absolutamente desprovido de mãos, de olhos, de carne, de sangue, desprovido de quaisquer sentidos, mas dotado da falsa crença de ter todas essas coisas. Permanecerei obstinadamente apegado a esse pensamento; e se, por esse meio, não está em meu poder chegar ao conhecimento de qualquer verdade, ao menos está ao meu alcance suspender meu juízo. Eis por que cuidarei zelosamente de não receber em minha crença nenhuma falsidade, e prepararei tão bem meu espírito a todos os ardis desse grande enganador que, por poderoso e ardiloso que seja, nunca poderá impor-me algo.” (Descartes. Meditações. São Paulo: Abril Cultural, 1979. p. 88-89.) Nesse trecho, o autor refere-se aos grandes poderes de um suposto gênio maligno. Com base na leitura desse trecho e considerando outras ideias contidas nessa obra de Descartes, redija um texto explicando como o filósofo se mostra capaz de vencer o gênio maligno.

Respostas

respondido por: pedrofiori777
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René Descartes parte da ideia de que há um gênio Maligno, um Deus enganador que emprega toda a sua indústria em enganá-lo. Assim, Descartes, a partir de uma intuição pura e primeira, chega conclusão que enquanto pensar ele é, e se é logo existe, e esta afirmação seria verdadeira todas as vezes que a enunciasse em seu pensamento.

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