Fale um POUCO sobre a saúde pública na América Latina e na América Anglo-Saxônica.
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Resposta:
A historiografia sobre saúde e sociedade, em língua portuguesa, há
tempos não recebe uma contribuição de peso como esta obra, organizada pelo
sociólogo brasileiro Gilberto Hochman e pelo historiador argentino Diego Armus.
São 14 ensaios, densos, bem escritos, articulados por um olhar que se poderia
intitular histórico-sociológico. A coletânea reúne ensaios sobre a saúde pública,
a medicina e as doenças na América Latina e no Caribe, entre finais do século
XIX e primeiras décadas do século XX. As análises enfocam não só a experiência
brasileira com as questões da saúde coletiva, mas também outras realidades,
como a argentina, a boliviana, a colombiana, a costarriquenha, a haitiana, a
mexicana, a peruana e a porto-riquenha. Traçando aspectos importantes das
experiências de cada um desses países, os autores - latino-americanos e latinos-
americanistas - discutem o papel da saúde pública, das enfermidades e da
medicina na construção institucional da ciência biomédica, na formação das
nacionalidades, no delineamento de identidades étnicas, raciais e de gênero, na
institucionalização de espaços de cuidado e de cura, bem como de aparatos
disciplinares e, finalmente, na montagem de sistemas administrativos
governamentais com capacidade para coordenar, executar e fiscalizar as ações
de saúde em todo o território nacional.
Vários capítulos da coletânea questionam uma posição corrente na
literatura, segundo a qual a comunidade científica dos países periféricos
“simplesmente copiou” o mais proximamente possível os princípios e modelos
da medicina científica e da higiene moderna dos países centrais, em especial
dos Estados Unidos. A coletânea revela, ao contrário, a formação de uma
“excelência científica na periferia”,1
com razoáveis e, em alguns casos, elevados
Explicação:
espero ter ajudado me segue lá