Leia o artigo de opinião abaixo para responder as questões seguintes:
Desde que começou o monitoramento de sua cobertura vegetal, dados dos últimos 32 anos mostram que persistiu o avanço sobre a Mata Atlântica, com uma taxa anual média de desmatamento da ordem de 60 mil hectares. Mantida essa taxa, teríamos Mata Atlântica por mais um século e meio. A partir de 2008, quando já dispúnhamos, então, de uma lei de proteção e do decreto que a regulamentava, essa média foi reduzida; contudo, ainda continuamos perdendo 21 mil hectares de Mata Atlântica a cada ano.Para um bioma tão ameaçado, e que teve conversão de praticamente 90% da sua área original, os números do desmatamento são inquietantes. O que nos impele, como sociedade, a seguir avançando sobre os parcos remanescentes da Mata Atlântica pode ser traduzido por um misto de indiferença, imediatismo e uma enorme capacidade de transferência de responsabilidades.
Segundo o entomologista norte-americano Edward Wilson, a indiferença para com o ambiente é consequência de uma característica básica da natureza humana: nossa tendência de se envolver emocionalmente apenas com uma pequena região geográfica, um número limitado de pessoas e duas ou três gerações futuras. Se assim for, parece que estamos chegando ao tempo de nos preocuparmos com a Mata Atlântica, já que ela está significativamente reduzida e, no ritmo atual de desmatamento, nada restará para a terceira geração futura. Mas precisamos lembrar que a população e o consumo continuam crescendo, com ricos ficando mais ricos e a pobreza se avolumando. A perspectiva não é animadora. A política do atual governo federal está explicitamente voltada à eliminação dos obstáculos ao livre avanço da sanha predatória e devastadora sobre o patrimônio natural do país, incluindo a Mata Atlântica.
O foco sobre a Mata Atlântica não é mero acaso. Por incrível que possa parecer, até o momento a Mata Atlântica é, dentre os patrimônios nacionais elencados na Constituição de 88, o único que recebeu um regramento legal para regular seu uso. Nosso parlamento, além de conservador, é muito lento até mesmo na observância dos mandos constitucionais. Precisamos rever estratégias, principalmente, quando percebemos que a ação de um vírus, em menos de seis meses, se mostra bem mais eficiente que três décadas de reuniões diplomáticas para reduzir emissões de gases de efeito estufa, por exemplo.Ainda que reduzida e ameaçada, a Mata Atlântica nos fornece valiosos serviços ambientais e abrigo para uma grande diversidade biológica. Espécies novas, mesmo de árvores de grande porte, continuam sendo descobertas e descritas. Ainda que pouco tenhamos a comemorar no Dia da Mata Atlântica deste fatídico ano de 2020, precisamos juntar os fragmentos, conectá-los para construir uma nova normalidade na qual, quem sabe, o normal será a civilidade de uma relação respeitosa com a natureza.Em que ainda possamos reverenciar, todos os dias, o que restou da Mata Atlântica e propiciarmos condição para sua recuperação.
1) No primeiro parágrafo é apresentado um (problema) com relação a perda de hectares da mata atlântica. Transcreva abaixo o trecho que se refere a esse problema.
2) No terceiro parágrafo está presente um argumento de autoridade, que é aquele dado por algum especialista no assunto. Identifique o argumento utilizado.
3) Explique com as suas palavras qual o assunto polêmico tratado pelo artigo de opinião?
4) Com relação ao posicionamento da política atual o que autor destaca como problema para a exploração da Mata Atlântica?
5) No parágrafo de conclusão do artigo de opiniao o autor ainda vê algo de bom na situação. Explique com suas palavras a visao apresentada por ele ..
por favor ajude-me !!
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1
Oi amigo ,no momento eu não sei ,mas fé que vc vai achar
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