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A Ásia é o maior continente do planeta, ocupando 1/3 das áreas emersas, e o mais populoso, com 60% da população mundial em seus territórios. A população da Ásia está concentrada no litoral do sul e extremo oriente, mais precisamente nos litorais chinês, indiano e japonês. Um território tão vasto e uma população tão grande acabaram por gerar ao longo de sua história uma grande diversidade étnica e cultural.
A Ásia é um continente de contrastes, sendo o continente que mais cresce e, abrangendo três das maiores economias do mundo (japonesa, chinesa e indiana) ainda tem a maioria de sua população vivendo nos campos, utilizando técnicas rudimentares de cultivo e pastoreio. A exceção são países que possuem um grande desenvolvimento na área tecnológica e educacional, além de uma intensa atividade industrial e que, portanto, possuem uma população majoritariamente urbana, como é o caso de Japão, Israel e Coreia do Sul.
A China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 1.357.000.000 habitantes, e apresenta uma intensa concentração populacional no litoral. Possui uma população aproximada de um bilhão e quatrocentos milhões de habitantes – com 92% pertencente à etnia Han. A região oeste contém áreas desérticas e montanhosas, enquanto o leste chinês possui forte industrialização, o que atrai a população. Em 2012, tendo 49% da população agrária, a China vem realizando uma transição populacional do campo para as cidades. Devido ao intenso crescimento populacional, o governo chinês instituiu programas de controle de natalidade. Os programas foram efetivos, mas trouxeram dois grandes problemas. O envelhecimento da população cria uma pressão previdenciária, na medida em que os trabalhadores se aposentam e restam menos pessoas em idade ativa. A preferência por filhos do sexo masculino também desequilibrou a demografia no país.
A Índia é o segundo país mais populoso do mundo e apresenta uma distribuição desigual da população, concentrada principalmente nos litorais sul e nordeste. Com uma população aproximada de 1.300.000.000 de habitantes, o país deve ultrapassar a China nos próximos anos. Com 68% de sua população vivendo em áreas rurais, a população indiana cresceu principalmente a partir da década de 1960, com o avanço da medicina. As taxas de natalidade têm se mantido estáveis desde então. A Índia ainda sofre com graves problemas de desnutrição e falta de saneamento básico, principalmente nas áreas rurais. A preferência por filhos homens acarretou, assim como na China, uma balança demográfica desigual. O governo indiano tem feito campanhas de controle familiar, de forma a diminuir a pressão populacional.
Em contrapartida, há no continente países com populações numericamente menores, como Jordânia (seis milhões de habitantes) e Líbano (4 milhões). A distribuição populacional também é um fator de grande contraste, com algumas regiões extremamente povoadas e outras que constituem imensos vazios populacionais. Enquanto Bangladesh, por exemplo, possui o impressionante índice de cerca de 1.154,74hab./km², a Mongólia, por sua vez, apresenta uma densidade demográfica de 2hab./km² e o Cazaquistão, 6hab./km².
Existe também uma grande disparidade nas condições de vida das populações asiáticas, por consequência das desigualdades socioeconômicas entre os países. Enquanto o Japão e a Coreia do Sul têm baixíssimas taxas de mortalidade infantil e ótimos índices de expectativa de vida e renda per capita, países como o Afeganistão e Bangladesh estão entre os mais pobres do mundo.