Respostas
Resposta:
De acordo com o sistema de classificação baseado no The Angiosperm Phylogeny
Group (APG) II, a posição taxonômica de Pseudobombax grandiflorum obedece à
seguinte hierarquia:
Divisão: Angiospermae
Clado: Eurosídeas II
Ordem: Malvales
Família: Malvaceae (Cronquist classifica em Bombacaceae)
Gênero: Pseudobombax
Espécie: Pseudobombax grandiflorum (Cavanilles) A. Robyns
Publicação: in Bull. Jard. Bot. Brux. 33, 1: 50. 1963.
Sinonímia botânica: Bombax grandiflorum Cav.
Nota: o sinônimo acima é o mais encontrado na literatura, mas essa espécie tem
outros sinonimos.
Nomes vulgares por Unidades da Federação: na Bahia,
buruçu e imbiruçi e imbiruçu; no Espírito Santo,
paineira-rosa; em Minas Gerais, embiruçu-da-mata,
imbiruçu, paina-do-campo, paineira-branca, paneira-docampo, paineira-do-cerrado e paineira-lisa; no Paraná,
cedro-de-água, paina-amarela e paineira-amarela; no
Rio Grande do Sul, cedro-d’água e embiriçu; no Estado
do Rio de Janeiro, imbiruçu, paina-de-arpoador e painado-brejo; em Santa Catarina, embiruçu e no Estado de
São Paulo, imbiruçu, imbiruçu-do-cerrado e paina-docampo.
Etimologia: o nome genérico Pseudobombax significa
“falso” Bombax (paina); o epíteto específico
grandiflorum refere-se ao tamanho das flores.
O nome vulgar embiruçu vem do tupi mbira-assu, que
significa “embira grande”.
Descrição Botânica
Forma biológica e estacionalidade: é arbórea (árvore),
de caráter decíduo. As árvores maiores atingem
dimensões próximas a 25 m de altura e 90 cm de DAP
(diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo),
na idade adulta.
Foi observado que, ao se desenvolvem diretamente
sobre afloramentos calcários, plantas dessa espécie
apresentam padrões de caducifolia e de brotamento
mais precoces que aquelas presentes no entorno dos
afloramentos, indicando mecanismos eficientes de
economia hídrica.
Tronco: é liso e comprido, reto a levemente tortuoso e
inerme.
Ramificação: é racemosa, com esgalhamento ralo e
irregular.
Casca: com espessura de até 10 mm. A casca externa
ou ritidoma é cinzento-clara, profundamente fendida
em sentido vertical. A casca interna é vermelha.
Folhas: são compostas, pecioladas, digitadas, com 4 a
11 folíolos e apresentam estípulas caducas. Os
pecíolos são longitudinalmente estriados, medindo de
7 cm a 35 cm de comprimento. Apresentam folíolos
não articulados, sésseis ou com pecíolos de 0,3 cm a
1 cm de comprimento (raramente medem 2 cm).
Possuem lâmina foliar elíptica, oval, oboval, ovalelíptica ou elíptico-oblonga, com ápice obtuso, agudo
ou acuminado, margem inteira, glabra na face superior
e glabra ou esparsamente lepidota na face inferior,
medindo de 5,5 cm a 28 cm de comprimento e 2,5 cm
a 10,5 cm de largura, com 10 a 32 nervuras laterais.
Inflorescências: em cimeiras bifloras subterminais e
pedunculadas.
Flores: são hermafroditas, vistosas e grandes, brancas,
solitárias, terminais, actinomorfas, pentâmeras, com
cálice cupuliforme, truncado ou cinco-lobulado,
externamente lepidoto e internamente dourado-viloso.
As pétalas são carnosas e pilosas. O odor das flores é
fortemente adocicado e desagradável, e sua
intensidade varia com o estágio de antese.
Fruto: é uma cápsula cheia de sementes pretas,
munidas de pêlo ou paina.
Sementes: de coloração marrom-clara, são pequenas,
achatadas, redondas, envoltas por pêlos brancoamarelados (paina), muito leves, elásticos e lustrosos.
Biologia Reprodutiva e Eventos
Fenológicos
Sistema sexual: essa espécie é hermafrodita.
Vetor de polinização: essencialmente morcegos da
família Phyllostomidae – Anoura caudifer e A.
geoffroyi e abelhas silvestres, principalmente as
irapuá.
A mariposa da família Sphingidae Cocytius antaeus
pode ser considerada um polinizador eventual dessa
espécie.
Floração: de março a julho, em Minas Gerais, de abril a
agosto, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina; de
maio a julho no Paraná e de maio a setembro, no
Estado de São Paulo.
Frutificação: os frutos amadurecem de junho a
setembro, em Minas; de agosto a setembro, no Paraná
e de setembro a novembro, no Estado de São Paulo.
Dispersão de frutos e sementes: anemocórica (pelo
vento).Ocorrência Natural
Latitudes: de 13º 15’ S, na Bahia a 29º 40’ S, no Rio
Grande do Sul.
Variação altitudinal: de 10 m, no litoral das regiões Sul
e Sudeste a 1.000 m de altitude, no Paraná e no
Estado de São Paulo.
Distribuição geográfica: Pseudobombax grandiflorum
ocorre, de forma natural, no Brasil, nas seguintes
Unidades da Federação (Fig. 1):
· Bahia;
· Espírito Santo;
· Minas Gerais;
· Paraná;
· Estado do Rio de Janeiro;
· Rio Grande do Sul;
· Santa Catarina;
· Estado de São Paulo