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O filósofo alemão Friedrich Nietzsche diz que se Heráclito é o filósofo do fogo, Parmênides é o filósofo do gelo, vertendo em torno de si uma luz fria e penetrante. Nietzsche descreve assim Parmênides de Eléia (cerca de 530 a 460 a. C.), pelo fato de esse filósofo ter fixado no ser imóvel e uno a fonte de tudo o que é. Parmênides narra em seu poema o encontro com a deusa Verdade, que o instrui a se afastar do caminho sensível, uma via de confusão, que leva as massas indecisas a acreditarem que ser e não-ser são iguais. Ora, apenas o ser pode ser pensado, já que o não-ser não é. Se eu não consigo ter uma ideia do que a coisa é, não posso pensá-la - e o que não pode ser pensado não é ser. Daí Parmênides conclui que só o ser é - e que o não-ser não é.