• Matéria: Filosofia
  • Autor: rianpfl123
  • Perguntado 6 anos atrás

Como e o comportamento do ser humano convivendo com os problemas sociais de acordo com com Hobbes e locke

Respostas

respondido por: AngelinaBr
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Resposta:

Ao desenvolver o estudo acerca da formação do Estado, observam-se divergências em teorias que explicam como tal fato decorreu, visto que confere um estudo aprofundado do homem e de sua relação interpessoal em sociedade e a dada sua evolução até a concepção atual de Estado civil. Alguns autores, como Azambuja, tratam em suas obras uma análise cautelosa sobre esse progresso e descreve alguns meios pelos quais o Estado em si foi originado. Cientistas políticos divergem opiniões sobre a questão e enfatizam esse fato por processos tais como Teoria da origem Familial, Contratual, Violenta, Natural e Histórica do Estado.

O autor em estudo, Thomas Hobbes, assim como Rousseau e Locke, compõe o grupo que defende que o Estado se originou pelo Contrato. De acordo com essa corrente de pensamento e estudo político, dada uma condição de insegurança e instabilidade, é feito um acordo, por intermédio de contrato, para que um indivíduo, ou grupo de indivíduos, venha a governar sobre um grupo de pessoas, organizando-o civilmente, trazendo a ideia da ética e da moral, originando, por consequência, o Estado civil.

Hobbes caracteriza-se como um dos pioneiros em desenvolver teorias acerca do assunto. Seu estudo revela uma análise realista acerca da natureza do homem e esse é o ponto central para o desenvolvimento de toda a sua teoria contratualista, a qual é descrita de maneira racional o comportamento do homem e os motivos pelos quais o levaram a buscar o contrato como meio de estabelecer uma relação de dependência com um poder maior, capaz de governar todos os homens.

O pensamento hobbesiano, divide-se em três fases: Estado de natureza, de guerra e de segurança. Hobbes idealizou a humanidade semelhante a animais selvagens incapazes de desenvolver uma vida em sociedade, pois, segundo seu pensamento, todos eram iguais e essa igualdade era ponto de partida para um estado de guerra. Havia um ponto de vulnerabilidade porque todos detinham o poder e eram livres, assim, cada um era soberano de si mesmo e de outrem, tendo direito até mesmo ao corpo do próximo.

Observa-se que Hobbes, na fase inicial dessa cronologia acerca da formação do Estado civil, vê o homem como um animal irracional e incapaz de estabelecer, por si só, normas ou condutas que o permitissem conviver pacificamente em sociedade. Tal posicionamento foi um choque para os adeptos do conceito de animal social exposto por Aristóteles e já expõe um ponto central de todo o pensamento hobbesiano: o homem é o lobo do homem. Essa frase remete a um fator determinante capaz de exercer influência de mudança em todos: o medo.

Esse poder e espírito selvagem do homem para com os outros homens geravam um espírito de medo sobre eles, ou seja, ao invés de uma segurança e do direito a vida, não havia nem se quer a certeza de que a vida seria preservada, pois não tinha valor algum. Para Hobbes, era fundamental essa análise realista acerca da natureza selvagem do homem e, de fato, ele não escondeu seu posicionamento e demonstrou que a honra era uma questão que não possuía menor relevância em função de outros bens tangíveis. A liberdade era outra acusação, da parte de Hobbes, que consistia em ter direito a tudo, ou simplesmente nada, já que a vida era banalizada. Ora, se um homem pode tudo, nada há de lhe impedir de fazer sua vontade porque seu desejo é a sua lei e não há um limite entre ele e o outro. Hobbes vê o homem como um ser egocêntrico, irracional e refém de seu semelhante.

Nesse cenário de extrema liberdade, ausência de paz e insegurança, refletindo em um estado de guerra por não haver controle entre os homens, Hobbes relata o sentimento de poder, perseguição, e de traição do homem em relação a outrem. Ou seja, tudo existe dentro da imaginação de cada um. Não há um estabelecimento de comunicação entre si. A liberdade é base para o medo e o medo, por sua vez, aliado aos sentimentos que fomenta esse estado de guerra, leva ao homem, de acordo com Hobbes, a buscar meios de por fim a esse grande e generalizado conflito. A liberdade é tida como um meio de escravidão em função do medo e insegurança. Logo, o homem, na sua tentativa de sobrevivência, faz inimigo e ao mesmo tempo busca estabelecer paz.

O homem é demonstrado como um ser impotente diante dessa circunstância em que ele se encontra. Conduzidos pelo medo e pelo desejo de segurança e direito a vida, Hobbes expõe, a partir disso, que esse estado de guerra leva a todos a renunciar todo o direito de que possui a fim de conseguir estabelecer essa paz e a proteção a vida. Um ponto que parece paradoxo em Hobbes se não fosse pela sua concepção do homem no estado de natureza: todos se conscientizam, a partir do medo e insegurança, a abrirem mão de todos os seus direitos em busca da paz. Daqui parte o pensamento hobbesiano acerca da necessidade de mudança e, posteriormente, da adesão ao contrato social.

Explicação:

Foi isso que eu entendi

tomara que eu tenha ajudado :)

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