Nos anos seguintes ao fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos figuravam
como uma das mais fortes economias mundiais. Enquanto a Europa, em processo de
recuperação dos estragos provocados pela guerra, tornava-se um mercado consumidor
em potencial da produção estadunidense, as indústrias se multiplicavam no país e o
mercado especulativo de ações aquecia-se sem parar. No entanto, o cenário mudou
quando em outubro de 1929 milhares de ações permaneceram estagnadas sem nenhum
comprador na Bolsa de Valores de Nova York. Era o início da grande crise. São
respectivamente uma causa e uma consequência desse fato:
A) A interrupção das importações de produtos estadunidenses promovida pelo govemo
do Brasil e o aprofundamento da crise econômica dos Estados Unidos, fato que se
estendeu até o final da Segunda Guerra.
B) A crise na produção agrícola e o endividamento dos fazendeiros, e a intensificação da
exportação de alimentos para a América Latina, como principal estratégia para sair da
crise.
C) A concentração desigual da riqueza e a consolidação de um governo autoritário e
com ideais fascistas nos Estados Unidos como forma de salvar o país da crise.
D) a superposição das Indústrias dos Estados Unidos decorrente da recuperação das economias europeias e plano de integração econômica conhecido como New Deal como forma de contornar a crise.
Respostas
Resposta:
Alternativa D
Explicação:
A Crise de 1929 desencadeou um período da história americana denominado "A Grande Depressão". Tudo teve como gatilho inicial o crash da Bolsa de Valores de Nova York em 24 de Outubro daquele ano, que ficou consagrado na história como a "Quinta-Feira Negra" (Black Thursday).
Para contornar a crise, o presidente Franklin Delano Roosevelt implementou, em 1933, um novo plano econômico: o New Deal. O nome do plano pode ser confuso para o leitor brasileiro: à primeira vista, pode ser entendido como "novo acordo", o que poderia se aplicar ao contexto em questão; por outro lado, ele guarda um outro significado, esse ligado ao jogo de poker, no qual o dealer redistribui as cartas em uma ação chamada deal. Assim, Roosevelt seria o dealer que estaria dando um novo baralho na mão dos americanos para que eles se reerguessem.
O New Deal seguia uma tendência keynesiana. O keynesianismo, de forma breve, foi uma teoria econômica criada por John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda, e que prega a intervenção estatal para a garantia dos direitos civis e do bem-estar social (o welfare state) — em total contraste com o liberalismo, que pregava a não intervenção estatal.
Usando de uma analogia, pode-se dizer que o plano de Roosevelt tirou a economia americana da UTI severa e a pôs em situação estável. Apesar de não ter se recuperado completamente, o país já estava apto a competir novamente no mercado internacional.
Espero ter ajudado. Qualquer dúvida, é só mandar.
— Henrique