• Matéria: História
  • Autor: anaah440
  • Perguntado 6 anos atrás

1-Por que na Idade Média era proibido pintar a natureza e o que os renascentistas pensavam sobre isso ? ​

Respostas

respondido por: AsBLACKZIN444
3

Resposta:

Durante o Renascimento cultural, artístico e científico que ocorreu na Itália, no século XIV, o Humanismo ganhou destaque entre os pensadores renascentistas, principalmente por se caracterizar como um movimento intelectual que voltou seus interesses para as obras filosóficas, literárias e científicas da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma).

O interesse pela Antiguidade Clássica não revelou uma vontade de retornar ao passado (vontade nostálgica). Os homens medievais tinham a consciência de que viviam e tinham outros valores sociais e culturais, ou seja, eram homens diferentes dos homens da Antiguidade Clássica. Arevalorização da ciência, da arte e da filosofia clássica era necessária para adaptá-las ao novo contexto histórico.

O retorno às obras dos pensadores clássicos teve início com a Filosofia Escolástica. O principal representante dessa corrente filosófica foi São Tomás de Aquino (1225-1274), filósofo e teólogo da Igreja Católica. São Tomás acreditava que a razão, o intelecto humano, não devia ser temida – ele considerava a razão como outro caminho para Deus. A Escolástica adaptou os ensinamentos do filósofo grego Aristóteles à religião. As ideias do filósofo foram utilizadas para esclarecer e explicar os ensinamentos da religião através de conceitos e princípios lógicos.

Os pensadores e intelectuais humanistas geralmente são confundidos com antirreligiosos, porém não podemos perpetuar esse equívoco de interpretação, visto que os humanistas queriam manter uma relação com Deus e com o mundo natural. A investigação humana seria privilegiada, o homem racionalizaria através dos seus pensamentos a investigação dos diversos fenômenos naturais, sociais, culturais e míticos.

Por meio do Humanismo, o homem passou a ser visto como imagem e semelhança do seu criador Deus, tornando-se a medida de todas as coisas. Os humanistas romperam com o Teocentrismo (a ideia de que Deus era o centro de todo o universo e de toda a vida humana) e passou a prevalecer a ideia do Antropocentrismo (o homem no centro do universo e da vida humana).

O Humanismo levou a reformas nos ensinos das universidades europeias e ocorreu uma valorização das humanidades (ciências humanas, hoje), que privilegiou o ensino e o estudo da Poesia, Filosofia e História. Os humanistas pretendiam introduzir métodos críticos na leitura e interpretação de obras e desejavam reconstruir os textos originais para corrigir erros, omissões e modificações realizadas pelos monges copistas medievais.

Um fato importante que aconteceu no século XV foi a criação da imprensa, ou prensa, por Johann Gutemberg. O invento revolucionou a produção de livros, que não precisaram ser mais manuscritos por copistas, processo que demandava bastante tempo. Com a criação de Gutemberg – os tipos móveis metálicos (imprensa) –, o processo de produção do livro diminuiu, sendo impressas, em poucos anos, milhares de obras, o que facilitou o contato dos leitores com as ideias e os autores humanistas, ou seja, a invenção propiciou uma maior difusão do conhecimento.

O Humanismo, como visto, foi a base teórica e filosófica do movimento renascentista, influenciando o Renascimento artístico, cultural e científico.


AsBLACKZIN444: tem como vc me botar como melhor RESPOSTA
respondido por: nataliaapareci36
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 resposta :movimento artístico que chamamos “Renascimento” nasceu na Itália, em Florença, nas primeiras décadas do século XV. Nos finais de 1400, tinha-se espalhado por toda a Itália. Na primeira metade do século seguinte, quando Roma se sobrepunha a Florença como principal centro artístico, tinha alcançado os resultados mais clássicos.

Nessa mesma época, começou a difundir-se pelo resto da Europa, iniciando uma completa revolução artística, cujos efeitos perdurariam, com constantes acontecimentos, durante séculos, até quase o limiar da nossa época.

Este movimento, embora bastante complexo e variado internamente, estabeleceu princípios, métodos e, sobretudo, formas originais e típicas, mas comuns.

Tais formas provem de duas principais fontes: a reutilização, após um intervalo de quase um milênio, das formas características da arte clássica – arte grega e arte romana. E a aplicação de uma nova descoberta técnica: a perspectiva, conjunto de regras matemáticas e de desenho que permitem reproduzir sobre uma folha de papel ou sobre qualquer superfície plana, o aspecto real dos objetos.

Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi, sem dúvida, o motel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (do renascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.

Características gerais:

Racionalidade;

Dignidade do Ser Humano;

Rigor Científico;

Ideal Humanista;

Reutilização das artes greco-romana.

A expansão marítima com a exploração de novos continentes e a pesquisa científica proclamavam a confiança no homem e, ao mesmo tempo, a Reforma Protestante diminuía o domínio da Igreja. O resultado foi que o estudo de Deus como Ser Supremo foi substituído pelo estudo do ser humano, inclusive com o estudo da anatomia. Desde retratos detalhistas, como a intensidade emocional e a iluminação surreal, a arte foi o meio de explorar todas as facetas da vida na terra.

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